Jovem acusa zelador de invadir sua casa e se masturbar enquanto ela dormia

Uma influenciadora carioca usou as redes sociais para compartilhar que teve o próprio apartamento invadido pelo zelador do edifício em que mora na zona sul da capital fluminense.

O que aconteceu?

A mulher relata que chegou ao apartamento em que mora, em Copacabana, por volta das 6h do dia 24, acompanhada de uma pessoa. Ela dormia por volta das 7h30 e, pouco tempo depois, ouviu passos dentro de casa.

Quando abro os olhos, tem um homem em frente à minha cama com a mão no pênis. Eu falo, alto, o nome dele e aí ele sai correndo, bate a porta. Eu fico atônita, sem saber o que fazer Gabriella.

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• A influenciadora contou que, menos de 20 minutos depois, recebeu uma mensagem do zelador afirmando que tinha deixado por engano uma encomenda de outro apartamento na casa dela.
• O suspeito chegou a aparecer na porta do apartamento dela outras duas vezes, tentando explicar o ocorrido, mas não foi atendido por ela, e sim pela pessoa que a acompanhava, que não permitiu a entrada.
• Gabriella deixou o apartamento para passar as festas de fim de ano com os pais e contou que, ao voltar, no dia 25, ele continuava trabalhando no edifício.
• Por acreditar que as atitudes do homem não eram compatíveis com o comportamento, começou a questionar se o que tinha vivido era real.
• Após dois dias sem conseguir dormir por sentir medo e da incerteza, decidiu investigar o caso.

Resolvi tocar no assunto, comecei a pedir as imagens de segurança do meu corredor

O que encontrou nas imagens?

Movimentação do homem, por quase uma hora, próximo à porta dela. Os vídeos mostram o momento em que o suspeito, que está no andar da vítima, vai até a escada e tira os chinelos. Menos de dois minutos depois, volta para o corredor descalço. O homem volta à escada e, na sequência, se dirige à porta da vítima com a mão no pênis, por cima da bermuda. Dez minutos após seguir em direção ao apartamento da vítima, ele volta para as escadas, ainda descalço. Quase uma hora se passa, e o suspeito volta para o andar da influenciadora, dessa vez, com uma camisa com a logomarca do prédio e com uma caixa de entrega nos braços.

Toda vez que eu vejo isso eu me sinto incapaz, enojada, começo a pensar quantas vezes isso pode ter se repetido

Com a mãe, Gabriella entrou em contato com o síndico. Segundo ela, ele fez pouco caso da situação mesmo após ver as imagens de câmeras.

Ele me disse que precisava de um tempo para resolver a situação, que não poderia deixar o prédio sem zelador

A versão do zelador

Segundo o relato, ele diz que tocou a campainha duas vezes e, como ninguém atendeu, entrou. Há três jeitos de entrar na casa: biometria, senha ou chave. Por se tratar de um prédio novo, todos tinham chave extra na portaria. Foi subentendido que como as chaves ficariam lá, ele poderia entrar no meu apartamento, como em qualquer outro, mas com autorização prévia.

A investigação

• A jovem buscou a Delegacia da Mulher do Centro do Rio de Janeiro, mas não prestou boletim de ocorrência porque não se sentiu acolhida no local. Ela foi até outra delegacia e registrou o caso na 13ª DP, do bairro de Ipanema. A Polícia Civil do Rio de Janeiro afirmou que o caso foi registrado e as investigações estão sob sigilo.
• O caso foi registrado na Justiça como violação sexual mediante fraude.
• O zelador foi afastado temporariamente do prédio, mas voltou a trabalhar no local dias depois, segundo a mulher. Segundo a influenciadora, um dia depois da denúncia, o homem foi demitido.
• Gabriella pediu uma medida cautelar que foi emitida no dia 7 de janeiro proibindo que o suspeito entrasse no edifício e que se aproximasse a menos de 500 metros dela. A decisão, porém, foi derrubada pela Justiça, que alegou que o homem não poderia ser afastado do local de trabalho.

Estamos diante de uma decisão contraditória, inócua e inapropriada, por não resguardar a integridade física e mental da vítima, possibilitando, ainda, o acesso do autor do fato às dependências do condomínio em que Gabriella reside Daniel Barroso, advogado de Gabriella, em nota enviada a Universa.

Universa buscou o condomínio em que a vítima mora por meio de telefones disponibilizados nas redes sociais, mas não recebeu qualquer retorno até o momento.