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Primeiro-ministro australiano pede perdão por caso de estupro no Parlamento

Scott Morrison, primeiro-ministro da Austrália - Kelly Barnes/AAP Image via Reuters
Scott Morrison, primeiro-ministro da Austrália Imagem: Kelly Barnes/AAP Image via Reuters

De Universa

16/02/2021 12h31Atualizada em 16/02/2021 12h31

O primeiro-ministro australiano Scott Morrison pediu perdão a uma ex-funcionária que relata ter sido estuprada dentro do Parlamento australiano por um dos membros de sua equipe. Em entrevista ao jornal "The Project", Brittany Higgins, 26, denunciou publicamente o crime, que, segundo ela, aconteceu há dois anos no sofá do gabinete. A jovem preferiu manter o nome do acusado em sigilo.

Brittany relata que, em março de 2019, participou de um evento de trabalho e, logo em seguida, tentou ir para casa, mas foi impedida por um colega. O homem insistiu para que ela o acompanhasse em um táxi, argumentando que precisava pegar um objeto esquecido no Parlamento. Ela afirma que, chegando ao local, desmaiou no sofá e acordou alguns minutos depois, sofrendo atos de violência sexual. Ela conta que "pediu para que ele parasse, mas ele não parou".

No mês seguinte, ela procurou a polícia, mas decidiu não prosseguir com as investigações porque temia que a denúncia comprometesse sua carreira. Segundo ela, o que a fez mudar de ideia agora foi a perspectiva de que outras mulheres poderiam passar pelo mesmo crime.

Em resposta ao ocorrido, o primeiro-ministro se desculpou: "Aquilo não deveria ter acontecido e eu peço perdão. Quero assegurar que todas as jovens mulheres trabalhando neste local estão tão seguras quanto é possível estarem". Ele afirmou ainda que um departamento irá investigar o caso e que o envolvido foi prontamente desligado da equipe.

As denúncia da funcionária faz parte de uma série de acusações feitas por mulheres membros do Partido Liberal, que pressiona o primeiro-ministro a tomar medidas para melhorar a cultura de trabalho do governo australiano.