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Nutrólogo acusado de abusos sexuais é preso em São Paulo

O médico nutrólogo Abib Maldaun Neto acusado por mais de 20 mulheres de abuso sexual - Reprodução
O médico nutrólogo Abib Maldaun Neto acusado por mais de 20 mulheres de abuso sexual Imagem: Reprodução

Andréia Martins

Do Universa, em São Paulo

14/12/2020 12h58Atualizada em 14/12/2020 14h37

O médico nutrólogo Abib Maldaun Neto, 56, foi preso na manhã de hoje em São Paulo. Mais de 20 mulheres denunciaram o médico ao MP (Ministério Público) por abuso sexual .

Segundo informações da Secretaria de Segurança Pública de São Paulo, a prisão aconteceu durante uma abordagem da Polícia Militar na zona sul da capital.

Os policiais interceptaram um veículo nas imediações da avenida Washington Luís. Dentro do carro, além do nutrólogo, estavam a mulher dele, uma advogada e um motorista. O caso foi registrado como captura de procurado pela Divisão de Capturas, do DOPE (Departamento de Operações Policiais Estratégicas).

No início do mês, a Justiça já havia decretado prisão preventiva de Maldaun Neto, que é suspeito de abusar de pelo menos 21 pacientes em seu consultório, localizado no bairro dos Jardins, área nobre de São Paulo. O MP-SP abriu investigação para apurar denúncias.

Em julho, o médico foi condenado a dois anos e oito meses de prisão em regime semiaberto por violação sexual de uma paciente mediante fraude. Ele recorreu da decisão em segunda instância pelo TJ-SP (Tribunal de Justiça de São Paulo).

Procurado pelo UOL, o órgão disse que não pode dar mais informações sobre o caso, já que ele tramita em segredo de Justiça em razão da natureza do crime.

Mesmo condenado e enquanto recorrida à Justiça, o nutrólogo continuava atendendo pacientes. Em setembro, o Cremesp (Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo) informou que suspendeu cautelarmente o registro do médico. A suspensão é válida por seis meses em todo o território nacional.

O médico nega as acusações. Ele diz que mantém a consciência tranquila, e que jamais praticou ato imoral ou ilegal contra qualquer paciente ou cidadão.

"Sempre atuei de forma ética, íntegra e profissional zelando pela dignidade da honrosa profissão a qual dedico a minha vida, por esta razão sempre colaborei com o processo, comparecendo em todos os atos e me colocando à disposição da justiça a fim de que a verdade real dos fatos seja devidamente comprovada", disse ele em setembro, quando o MP abriu investigação.