Dani Calabresa: "Dá medo e vergonha, mas temos que lutar por justiça"
A humorista Dani Calabresa falou sobre a repercussão das denúncias de assédio sexual que fez contra Marcius Melhem, então diretor da Globo, nesta sexta-feira (4), após a publicação da reportagem na revista Piauí contando detalhes do que Dani passou e fez para exigir providências da empresa.
"Nunca quis ser vista como uma mulher assediada, mas para recuperar minha saúde precisei me defender. Nunca procurei a imprensa", escreveu em seu Instagram. "Tomei as medidas cabíveis para conseguir ajuda. Tudo é muito difícil, dá medo, vergonha, mas temos que lutar por respeito e justiça. Não passarão. Assédio é crime."
Dani também agradeceu as mensagens de apoio que tem recebido, além de Manoela Miklos e a advogada Mayra Cotta por terem apoiado sua decisão de procurar os mais altos escalões da Globo. Lembrou ainda a colega Maria Clara Gueiros, que ficou ao lado dela durante todo o processo de denúncia.
Entenda o caso
Dani foi a primeira mulher a denunciar Melhem para a Globo. O assédio contra ela começou em 2017, durante uma festa com a equipe do humorístico "Zorra", do qual Melhem era diretor. Segundo seu relato para a emissora, ele a encurralou na saída do banheiro, tentou beijá-la à força e exibiu suas partes íntimas.
Depois, os dois se encontraram nos estúdios da Globo. Em tom de brincadeira, ele disse que a agrediu por ela ser muito "gostosa". Dani solicitou diversas reuniões com profissionais da empresa para que tratassem do caso, mas nada foi feito. Em uma das reuniões, uma profissional da Globo sugeriu à humorista procurar terapia. Em dezembro de 2019, o caso veio à tona na imprensa com a publicação de uma nota do jornalista Leo Dias, então colunista do UOL.
Em março deste ano, Melhem foi desligado da emissora, mas não houve qualquer manifestação em relação às denúncias de assédio sexual.
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