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Inglesa com endometriose diz que médicos recomendaram que ela engravidasse

Jasmine não consegue conciliar sua vida com as dores no útero - Facebook/Jasmine O´Pray
Jasmine não consegue conciliar sua vida com as dores no útero Imagem: Facebook/Jasmine O´Pray

Colaboração para o UOL, Em São Paulo

02/10/2020 13h22

Jasmine O´Pray, 28 anos, foi a um pronto-socorro em Londres em função de dores insuportáveis no útero. Apontada com uma suspeita de endometriose, ela ficou em choque ao ouvir dos médicos que uma alternativa para seu problema seria engravidar.

"Fiquei tão chocada quando me o médico que me disse para engravidar que eu não sabia como reagir." A cabeleireira ainda contou ao tabloide inglês "Mirror" que mesmo se ela considerasse acatar a sugestão ela não conseguiria, "Não consigo fazer sexo porque é muito doloroso."

Aos 15 anos, por sentir cólicas menstruais extremamente dolorosas, ela começou a tomar anticoncepcionais. Passado um tempo, precisou parar com as pílulas devido à sensibilidade nos seios, mas a dor acabou ficando ainda maior.

Os efeitos da dor dificultam muito a vida da inglesa. Jasmine precisou deixar o emprego por não conseguir se manter em pé. "Eu costumava ser tão sociável, alegre e animada, mas agora não consigo me mexer da cama."

A sugestão dos médicos, além de espalhafatosa, é falha, de acordo com especialista ouvida pelo jornal. A gravidez pararia a menstruação, assim como os tratamentos hormonais, no entanto, a doença não seria eliminada e os sintomas voltariam após o parto.

Incrédula com a falta de conhecimento geral sobre a endometriose, Jasmine agora faz campanha para que as pesquisas em torno da doença aumentem, acelerando o diagnóstico (que ela ainda não obteve) e o tratamento. "As pessoas precisam entender que isso não é uma piada e mais coisas devem ser feitas para ajudar as mulheres."