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Quer ser mais zen em 2020? Plataforma ajuda a encontrar de retiros a spas

Manoela Magalhães e Simone de Angelis, criadoras da MyOm - Divulgação
Manoela Magalhães e Simone de Angelis, criadoras da MyOm Imagem: Divulgação

Cláudia de Castro Lima

Colaboração para Universa

04/01/2020 04h00

Não há no planeta população mais ansiosa do que nós, brasileiros. E as mulheres são o grupo mais afetado: 7,7% são ansiosas, mais que o dobro do total de homens acometidos por esse tipo de problema (3,6%). O primeiro pico de ansiedade costuma ocorrer por volta dos 20 anos, quando começamos a sentir o peso e as responsabilidades da vida adulta.

No fim de ano, o estresse atinge níveis estratosféricos. De acordo com a Isma-BR (Internacional Stress Management Association-Brasil), associação voltada para o estudo do transtorno, ficamos, em média 75% mais estressados nessa época.

Mas logo chega o começo do ano, época de fazer resoluções. Se uma das suas metas é ser menos estressada em 2020, uma plataforma de serviços zen pode te ajudar nesse objetivo.

Criado no começo de 2019 pelas amigas Manoela Magalhães, 37 anos, e Simone de Angelis, 32, o site MyOm conecta profissionais e empresas que oferecem serviços e produtos ligados ao "slow living" a pessoas que procuram uma forma mais desacelerada, saudável, sustentável e consciente de viver.

Nele é possível encontrar, por exemplo, spas, retiros, centros de ioga, estabelecimentos que oferecem vários tipos de massagens terapêuticas, terapias manuais e holísticas, além de cursos e encontros voltados a esses temas. Por meio de geolocalização, ele possibilita, por exemplo, que você encontre um restaurante vegetariano em sua redondeza.

Fugir de remédios e dessa vida doida

Os mais de mil produtos, profissionais e serviços sugeridos pelo MyOm foram cadastrados pelos próprios donos das empresas. Os usuários da plataforma, que podem ou não se cadastrar também, têm a possibilidade de avaliar os locais que testaram.

"O MyOm é um universo de possibilidades para as pessoas se conectarem com práticas e com outras pessoas interessadas nesse universo mais consciente e mais presente", diz Manoela. "Nele, as pessoas encontram diversas possibilidades de viver de forma mais natural e fugir de remédios e dessa vida doida que temos hoje."

Manoela teve a ideia de criar a plataforma porque, ela própria consumidora apenas de produtos e serviços naturais há muito tempo, tinha virado uma espécie de balcão de informações dos amigos e conhecidos que buscavam uma forma mais saudável de viver.

"Nunca tomei remédio, apenas fitoterápicos. Sempre me tratei com aromaterapia e várias técnicas assim. E sou esse tipo de amiga que as pessoas procuram para saber o que fazer quando estão com alguma questão. E eu dizia: 'Faz esse tipo de massagem ou cuida disso com esse chá'", conta.

Simone, sua sócia, era o oposto e sempre se tratou com muita alopatia. Mas, por influência de Manoela, começou a se envolver com o universo "slow living", um estilo de vida e uma filosofia que pregam não uma forma lenta de fazer as coisas, como o nome sugere, mas sim uma forma consciente e presente de viver.

Introduzindo um outro universo

As duas então começaram a pensar que muitos dos lugares, das pessoas e das coisas que conheciam tinham que ser mais divulgadas. "Pensamos: imagina se estivesse tudo reunido num só lugar, de fácil acesso? Porque todo mundo com quem a gente conversava dizia que não sabia nem por onde começar, não sabia onde procurar esse tipo de serviço", diz Manoela. "Tínhamos então um problema, mas também a solução. Por que não criar esse local?", diz, sobre como a MyOm surgiu.

A plataforma, que, aos poucos, está acumulando sugestões no país todo, é gratuita para os usuários. Para os serviços e profissionais sugeridos, há duas opções: uma gratuita, em que a pessoa apenas cadastra as informações básicas de seu estabelecimento ou produto, e outra, em forma de assinatura, em que é possível personalizar a descrição, acrescentando mais informações e fotos e deixando-a mais atrativa.

Os usuários também podem se cadastrar para manter na plataforma uma espécie de agenda do que já usaram. Manoela e Simone ainda não ganham ainda dinheiro com a MyOm -as duas têm outros empregos, a primeira como publicitária, e a segunda trabalhando com audiovisual.

Elas pretendem, no entanto, ampliar o negócio neste ano e transportar a MyOm do universo digital para o físico, com eventos como feiras e palestras.

"Queremos fazer eventos para as pessoas entenderem o que é esse estilo de vida e experimentarem os produtos, serviços e profissionais que fazem parte desse universo. Muita gente não consome esse universo porque não conhece", diz Manoela. "E, nesse mundo maluco de hoje, bem-estar é cada vez mais necessário."