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Marquezine sobre fama na adolescência: "Difícil estar exposta, ser julgada"

Bruna Marquezine para a Puma - Divulgação
Bruna Marquezine para a Puma Imagem: Divulgação

Mariana Gonzalez

De Universa, em São Paulo

13/11/2019 17h26

Bruna Marquezine apareceu pela primeira vez na televisão aos 5 anos e, desde então, não passou muito tempo longe das câmeras. Hoje, aos 24 anos e afastada da TV desde o fim de Deus Salve O Rei, ela percebe os prós e contras da fama precoce.

"É muito difícil estar exposta a muitos olhares, ser julgada, principalmente na adolescência, que é uma fase em que você está se conhecendo, se descobrindo e está em busca de aceitação", disse, em entrevista para Universa durante campanha da Puma. "Você já está lidando com as suas crises internas, com as suas questões, é muito difícil ainda ter que lidar com o julgamento [do público]".

A atriz lembra que anos atrás pouco se discutia as fake news, mas elas existiam: "Quando eu era nova era só mentira e fofoca mesmo, mas eu acabei virando refém muitas vezes".

Por outro lado, ela acredita que a fama precoce teve um lado positivo e de certa forma a fortaleceu.

"Trouxe uma força, uma maturidade precoce que acabou me ensinando muito", disse. "Eu fui abençoada desde nova por ter sido escolhida pelo ofício que eu realmente amo. Muitas pessoas lutam a vida inteira para ter lugar de fala e alcançar muitas pessoa para dividir seus ideais, essa é uma consequência da minha arte".

Rivalidade feminina

Outra coisa que a atriz acredita ter aprendido com o passar do tempo é a valorizar cada vez mais a relação entre as mulheres.

"Há pouquíssimo tempo a gente não sabia o que era feminismo e nem falava a respeito", lembra. "Grandes movimentos [feministas] são importantes, mas acho que a grande revolução está no dia a dia, nas pequenas coisas. Eu já troquei muito com muitas mulheres. Às vezes só o olhar da outra, em um ambiente que por algum motivo é desconfortável ou opressor, significa muito. Assim como saber que você não está sendo julgada por uma mulher que acabou de conhecer".

Bruna conta que, apesar de não acreditar em rivalidade feminina e evitar situações do tipo, às vezes acaba caindo em armadilhas.

"Eu já enfrentei situações de competitividade feminina, continuo enfrentando, infelizmente. Eu sou uma pessoa zero competitiva, detesto comparações. Então quando uma pessoa quer competir comigo, seja mulher ou não, acaba competindo sozinha", afirma.