Topo

Polícia busca falso produtor de filme pornô que enganava mulheres por sexo

Reprodução/Katia Repina
Imagem: Reprodução/Katia Repina

Rafael Ribeiro

Colaboração para o UOL, em Campo Grande (MS)

12/09/2019 15h03

Uma jovem de 21 anos registrou um boletim de ocorrência em Campo Grande (MS) ontem (11), após ter sido enganada por um falso produtor de filmes pornográficos. Ela contou que foi convidada para fazer uma gravação pela qual ganharia R$ 11,5 mil, mas não recebeu o dinheiro e ainda foi ameaçada de ter suas imagens divulgadas na internet. Pelo menos mais uma vítima foi à polícia nas últimas semanas com relato semelhante.

A mulher disse aos policiais que quando foi ao endereço apontado para a assinatura do contrato e dos direitos de imagem, foi informada pelo porteiro que o escritório não existia e que outras duas mulheres haviam estado lá pelo mesmo motivo naquele dia. A polícia instaurou inquérito e a Delegacia Especializada em Atendimento à Mulher investiga o caso como violação sexual mediante fraude.

Vítima foi achada pela internet

A jovem contou à polícia que o contato com o falso produtor ocorreu pelas redes sociais. Segundo ela, depois de iniciar uma conversa e elogiar sua beleza, ele a convidou para gravar um filme pornográfico.

Ao chegar ao suposto estúdio, no Jardim Jockey Clube, na região sul de Campo Grande, ela teria sido informada, no entanto, que precisaria passar por um teste. E por isso teria mantido relações sexuais com o suspeito, que teria gravado as imagens com o celular.

Segundo a vítima, o homem chegou a lhe entregar um pen drive com uma cópia do vídeo. Ele teria dito que as imagens seriam incluídas em uma produção caseira sua e que ela receberia o cachê no escritório, em um prédio no Jardim TV Morena, região central. Porém, de acordo com a polícia, ao chegar ao endereço, a jovem se deu conta de que havia caído em um golpe.

Depois disso, ao procurar o suspeito, a mulher teria sido ameaçada de ter as imagens compartilhadas na internet. Com a recusa em pagar o combinado e as ameaças, a jovem resolveu ir à Depac (Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário) do Centro para registrar a ocorrência.