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Marcha das Mulheres Negras acontece em diferentes capitais e datas em julho

Marcha das Mulheres Negras de São Paulo, 2017 - Reprodução/Facebook/Marcha das Mulheres Negras de São Paulo
Marcha das Mulheres Negras de São Paulo, 2017 Imagem: Reprodução/Facebook/Marcha das Mulheres Negras de São Paulo

Da Universa

24/07/2019 15h41

O ato, que reúne mulheres negras que militam pelo fim do racismo e se opõe a atual conjuntura política, acontece no próximo dia 25 de julho, quinta-feira, em Salvador, Belém e também em São Paulo. No Rio de Janeiro, a mobilização ocorre no dia 28, domingo.

No protesto, que uniu 7 mil pessoas em 2018 na capital paulista, o carro-chefe das reivindicações é o fim da opressão racial. No entanto, a passeata também grita pela extinção do feminicídio, LGBTfobia, mortalidade materna, violência obstétrica e racismo religioso e ambiental.

Além da reclamação por condições mínimas de existência, o ato também critica a reforma da previdência, os cortes na educação e o pacote anticrime de Sérgio Moro, Ministro da Justiça. Segundo as ativistas, essas medidas são as de maior impacto na vida não só das mulheres, mas da população negra como um todo.

O evento homenageia o dia 25 de julho, reconhecido pela ONU como o Dia Internacional da Mulher Negra Latino Americana e Caribenha. No Brasil, a data também celebra o Dia Nacional de Teresa de Benguela, líder quilombola que viveu no século XVIII e ajudou comunidades negras e indígenas na resistência à escravidão.

O que vai rolar na marcha de São Paulo

Na capital paulista, a marchinha das crianças negras é o primeiro evento que marca o início da passeata. Com concentração programada para as 17h, o espaço dado para as crianças no ato visa incentivar a participação delas e das mães como forma de fortificar laços com a ancestralidade negra.

Além da marchinha, o protesto também contará com intervenções artísticas e políticas do bloco Ilú Obá de Min com cantoras e poetisas negras.

Nilma Bentes também ministrará, para as participantes do ato, uma aula pública sobre o conceito de Bem Viver, filosofia indígena que propõe uma organização social divergente do capitalismo. Na palestra, a professora abordará de que modo a ideologia pode se aplicar à vida das mulheres negras.

Nilma é fundadora do Centro de Estudos e Defesa do Negro no Pará e uma das idealizadoras da marcha. Em 2015, levou 50 mil mulheres às ruas no protesto de Brasília.

Serviço

3ª Marcha das Mulheres Negras - Salvador

Mote: "Por uma Bahia livre do racismo"

Horário e local: às 13h na Praça da Piedade

Data: 25 de julho, quinta-feira

4ª Marcha das Mulheres Negras - Belém

Mote: "Mães negras amazônidas em luta contra o genocídio do povo negro"

Horário e local: às 16h na Avenida Rio Tucunduba

Data: 25 de julho, quinta-feira

4ª Marcha das Mulheres Negras - São Paulo

Mote: "Sem violência, racismo, discriminação e fome! Com dignidade, educação, trabalho, aposentadoria e saúde!"

Horário e local: às 17h30 na Praça da República

Data: 25 de julho, quinta-feira

4ª Marcha das Mulheres Negras - Rio de Janeiro

Mote: "Mulheres Negras resistem: em movimento por direitos, contra o racismo, o sexismo e todas as formas de violência"

Horário e local: às 10h no Posto 4 da Praia de Copacabana

Data: 28 de julho, domingo