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Após ter prisão decretada, médico é acusado de abuso por mais três mulheres

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Imagem: Favor_of_God / iStock Photo

Mariana Araújo

da Universa, em São Paulo

18/01/2019 10h55

Mais três mulheres se apresentaram à polícia como vítimas de abuso do médico Augusto César Barretto Filho na manhã desta sexta-feira (18), informou a DDM (Delegacia de Defesa da Mulher) de Presidente Prudente, no interior de São Paulo, à Universa.

Elas se somam às outras 33 mulheres que já apresentaram queixa formal contra o cardiologista por violência sexual, acusado de praticar as agressões em consultório.

O profissional teve sua prisão preventiva decretada pelo juiz João Pedro Bressane de Paula Barbosa, da 2ª Vara Criminal de Presidente Prudente, na quinta-feira (17), confirmou o Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo à Universa. O processo corre em segredo de justiça e, portanto, o magistrado não se manifestará sobre o caso.

No entanto, segundo a DDM, o pedido de prisão ainda não foi executado, pois ainda não chegou à Polícia Civil.

As investigações sobre o caso foram iniciadas em julho de 2018, no entanto, foi na última semana que ele foi encaminhado à Justiça. Na segunda-feira (14), o promotor Filipe Teixeira Antunes, do Ministério Público Estadual, pediu a prisão do médico, agora decretada.

O registro do médico continua ativo na base de dados do Cremesp (Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo). Em nota, a instituição informou que abriu sindicância assim que recebeu a denúncia de uma vítima de assédio sexual envolvendo o médico em questão, em julho do ano passado.

"As novas denúncias, reveladas por meio da imprensa, serão juntadas à investigação em curso. A sindicância segue sob sigilo determinado por lei", diz ainda o texto.

O Cremesp ainda esclareceu que o médico chegou a pedir o cancelamento do registro profissional desde as denúncias, mas este foi indeferido pelo conselho "uma vez que ele responde à sindicância. Tal cancelamento tornaria nulas as consequentes medidas punitivas".

A defesa do acusado também foi procurada pela reportagem por telefone, mas não houve resposta.