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"Chamaram a polícia por eu ser gorda e negra": mulher denuncia preconceito

Amber J. Phillips alega ter sofrido preconceito por ser negra e gorda - Reprodução/ Twitter
Amber J. Phillips alega ter sofrido preconceito por ser negra e gorda Imagem: Reprodução/ Twitter

da Universa

01/05/2018 18h40

A escritora americana Amber J. Phillips relatou em seu Twitter no final da última semana ter sido vítima de preconceito em um voo por ser gorda e negra. Segundo ela, o avião que fazia o trajeto entre Raleigh-Durham e Washington era pequeno e contava com apenas duas poltronas de cada lado do corredor. Quando uma mulher se sentou ao seu lado e seus braços se encostaram no apoio, o problema teria começado.

"Essa mulher branca passou, literalmente, todo o voo de 45 minutos fazendo uma cena porque meu braço estava tocando o dela. Perguntando em voz alta se eu podia me afastar, em um voo tão pequeno que as bagagens de mão de todos tiveram de ser despachadas. Foi horrível".

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Segundo as postagens de Amber, quando o avião pousou, ela tentou filmar a mulher, que cobria o rosto com as mãos e chamou uma comissária de bordo. Após o desembarque, ela entrou em um ônibus que levaria ao terminal, mas a polícia foi chamada neste momento e foi pedido que ela descesse do veículo.

"O policial me disse que eles falaram com a mulher branca do avião primeiro porque ela era a 'vítima', apesar do fato de que nenhum crime foi cometido", relatou a escritora.

Ela disse que a situação só acalmou quando uma policial negra que trabalha no aeroporto foi chamada e ouviu o que havia acontecido. Amber foi então dispensada e pode ir embora. Mas a indignação ficou. "A polícia foi chamada por que eu voei sendo gorda e negra", postou ela.

Resposta da companhia aérea

Ao site The Lilly, a American Airlines disse: "Assistência foi chamada depois de um incidente em voo, envolvendo duas passageiras, que continuou em um ônibus da American Airlines no Aeroporto Nacional Reagan. (...) Ambas as passageiras colaboraram com os pedidos da polícia e foi decidido que não havia risco imediato à segurança de passageiros. Não houve prisões, nem foram preenchidas queixas e ambas seguiram seus caminhos".