Documentos revelam abuso sexual sistemático de imigrantes presos nos EUA

A divulgação de uma série de documentos do Departamento de Segurança Nacional americano revelou a prática sistemática de abuso sexual dos imigrantes ilegais presos no país.
Entre 2010 e 2017, houve registro de 1224 queixas de abuso sexual enquanto os detentos estavam sob custódia da polícia de imigração. Destes, apenas 43 casos foram investigados.
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Os dados foram expostos pelo site "The Intercept", que teve acesso em primeira mão aos documentos. Uma análise anterior dos dados, no entanto, revela números ainda mais expressivos: das 33 mil denúncias de abusos — sexuais, morais, verbais, físicos e etc. — sofridos por imigrantes, recebidas pelo escritório do Inspetor Geral dos EUA entre 2010 e 2016, apenas 570 foram investigadas.
Entre as práticas mais comuns reveladas pelas vítimas estão revistas íntimas degradantes, além de estupro e violência verbal e física. Dos casos de abuso registrados pelo departamento, 59% foram cometidos por oficiais da imigração e carcereiros das prisões.
Em 34% deles, um oficial testemunhou o crime ou tomou conhecimento, além disso, 22% dos sobreviventes ainda apontaram que, além de terem sido abusados por um oficial da imigração, outro havia testemunhado o fato.
Frequentemente, imigrantes relatam histórias de chantagem em troca de favores sexuais em situações em que se encontram vulneráveis por não possuírem documentos ou falarem o idioma local.
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