Twitter viola direitos humanos das mulheres, diz Anistia Internacional

Um relatório da Anistia Internacional — organização internacional não-governamental de direitos humanos — publicado nesta quinta, 22, afirmou que o Twitter falha em proteger as mulheres contra violências e abusos em esfera digital.
A conclusão é resultado de um estudo de oito capítulos conduzido pela organização com 86 indivíduos ao longo de 14 meses que detalha situações em que mulheres e pessoas não-binárias enfrentaram discurso de ódio, violência e ameaças na plataforma.
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"A violência e o abuso que muitas mulheres experimentam no Twitter tem um efeito negativo no seu direito de se expressar igualmente, livremente e sem medo", afirma o estudo. "Ao invés de fortalecer as vozes das mulheres, [a realidade na plataforma] leva mulheres a se autocensurarem em cada post, limitarem suas interações e até abandonarem o Twitter completamente".
23% das mulheres ouvidas pela Anistia Internacional em oito países durante o ano de 2017 afirmou que sofreu assédio ou abuso online pelo menos uma vez. Mais da metade foi atacada por um estranho.
"Acredito que o Twitter é a pior rede social por causa do fluxo rápido e mascarado de abuso que acontece. O conteúdo [de ódio] é muito similar ao de outras plataformas, mas o volume no Twitter é o que é diferente", argumentou a jornalista americana Jessica Valenti, ouvida pela pesquisa.
A plataforma se posicionou a respeito do estudo dizendo que a afirmação de que o Twitter é "conscientemente pouco engajado com questões de direitos humanos é uma representação injusta dos fatos e do espírito de seu time dedicado", afirmou em comunicado à imprensa.
Além disso, o texto pontua que a empresa concorda com diversas das recomendações propostas pela Anistia Internacional — e afirma que algumas delas já estão em processo de implementação.
"Continuamos a expandir nosso relatório de transparência para incluir dados relevantes e significativos. Vimos engajamento extraordinário no apoio às mulheres com o levante de movimentos como o #MeToo e a #MarchadasMulheres, que são provas do poder do Twitter como plataforma para as mulheres e como aliado para que contem suas histórias, ofereçam apoio e lutem por mudanças".
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