Lésbicas e bissexuais sofrem 7 vezes mais assédios que homens no Carnaval

No Carnaval marcado por mensagens contra o assédio, um grupo decidiu ouvir mulheres e homens de diferentes orientações sexuais para identificar quem já havia sofrido esse tipo de agressão durante a festa.
Para isso, o coletivo Vote LGBT entrevistou 1.170 pessoas nos blocos carnavalescos da capital paulista e os resultados foram divulgados nesta quinta-feira (22). Dos consultados, 49% disseram já ter sofrido com beijos forçados, abuso sexual, encoxadas ou corpos tocados sem consentimento, além de abuso sexual e agressões física ou verbal.
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A diferença entre a violência reportada por homens héteros e pelos demais entrevistados chama a atenção. Para os organizadores da pesquisa, isso aponta que o machismo e a LGBTfobia caminham juntos e corpos de mulheres e gays, lésbicas e transexuais estão mais vulneráveis ao assédio.
Para exemplificar, o estudo mostra que, enquanto apenas 3% dos homens héteros já foram beijados à força no Carnaval, mulheres héteros tiveram um índice seis vezes maior do que isso (20%), lésbicas e mulheres bissexuais passaram por esta situação com sete vezes mais frequência (24%) e transexuais e travestis, 10 vezes mais (33%).
O estudo ainda questionou quantas das agressões foram denunciadas às autoridades policiais. Quase 9% dos pesquisados tentaram dar queixa dos abusos à polícia, mas, destes, 68% não conseguiram completar a denúncia.
Para quem preferiu não denunciar, a justificativa mais usada foi o sentimento de "não vai dar em nada" (dita por 45%), seguida de "não consegui identificar o agressor". A pesquisa completa pode ser acessada neste link.
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