Mulher denuncia falta de empatia após ser seguida na rua e post viraliza
Após expor um caso de falta de empatia nas redes sociais na última segunda-feira (12), a ilustradora Fernanda vem sofrendo com os ataques de homens e mulheres dizendo que ela está fazendo "vitimismo". A postagem já tem mais de 19 mil compartilhamentos.
No texto, a jovem relata que estava voltando para casa sozinha, às 00h30, quando um desconhecido pediu para perguntar algo para ela. Com medo, ela afirmou que não, saiu da calçada e foi para o cruzamento. "Bem a vista de quem passasse. Com os braços cruzados, esperei ele passar. Após alguns passos distantes de mim, ele começou a gritar que era 'metida' e que não iria 'fazer nenhum mal'", relata ela, que aguardou para seguir seu caminho.
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Fernanda estava próxima de sua casa, que possui um trecho sem iluminação, quando o homem desacelerou e parou na esquina. Neste momento de impotência, um outro rapaz saiu de um prédio para passear com o cachorro e a ilustradora pediu que ele a acompanhasse até sua residência, mas ele negou.
"Expliquei que estava sendo perseguida e pedi para o cara do cachorro me acompanhar pela outra calçada até a esquina porque estava com medo. Era meio quarteirão. Ele disse que era 'longe'. Não acreditei no que estava ouvindo. Fiquei um bom tempo parada na rua, esperando o outro desgraçado desistir e voltar a andar", relata ela.
Com raiva, Fernanda desabafou sobre a falta de empatia e também sobre a sensação de que somente quem é mulher sente quando está sozinha à noite, na rua. "Homens, a gente não gosta de pedir ajuda para vocês por causa dessas coisas. Então, se uma mina pedir ajuda na rua é porque ela está desesperada. Não se neguem. Vocês não sabem o que é estar na nossa pele."
O post viralizou nas redes e as pessoas entenderam a mensagem de Fernanda de diversas maneiras, inclusive, reforçando o machismo da sociedade, e alguns citando sua aparência - "esquisita" - como se isso fosse motivo para não ajudar o próximo.
Muitos homens a acusarem de fazer "mimimi", outros ainda afirmaram que jamais a ajudariam. No entanto, algumas pessoas se solidarizaram com a causa e se colocaram no lugar da jovem, dizendo que talvez também ficassem com medo de acompanhá-la, mas que prestariam auxílio até que ela se sentisse segura novamente para andar sozinha.
"Estou recebendo uma chuva de inbox (Facebook) assustadores de gente me ameaçando e ofendendo", conta a ilustradora.
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