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7 lições de Meryl Streep para impulsionar a sua carreira

Meryl Streep em "A Escolha de Sofia" (1982); filme com o qual ela ganhou o Oscar e o Globo de Ouro de Melhor Atriz - Divulgação
Meryl Streep em "A Escolha de Sofia" (1982); filme com o qual ela ganhou o Oscar e o Globo de Ouro de Melhor Atriz Imagem: Divulgação

Heloísa Noronha

Colaboração para o UOL

01/03/2018 04h00

No domingo (4), acontece o Oscar 2018 e não será surpresa se a atriz americana Meryl Streep subir ao palco para receber a quarta estatueta dourada de sua carreira (ela tem duas de Melhor Atriz e uma de Atriz Coadjuvante, além de oito Globos de Ouro).

A brilhante carreira de Meryl, 68 anos, foi construída à base de muito esforço, comprometimento, estudo e desafios, além, é claro, de críticas e superação.

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É um caminho que pode servir de inspiração para profissionais de qualquer área, conforme provam as sete características mais marcantes de sua trajetória, listadas e comentadas a seguir.

1 – Determinação

Quando soube que o romance “A Escolha de Sofia”, de 1979, ganharia uma versão cinematográfica, Meryl não sossegou enquanto não convenceu o diretor e roteirista Alan J. Pakula de que era a melhor opção para interpretar a sofrida protagonista.

“Definir estratégias para alcançar o objetivo é um dos primeiros passos para qualquer profissional que quer ser bem-sucedido”, afirma Fernanda Schröder Gonçalves, gerente nacional de carreiras do Ibmec (Instituto Brasileiro de Mercado de Capitais).

2 – Versatilidade

Um dos grandes trunfos da artista é a facilidade para incorporar personagens tão diferentes quanto a simplória dona de casa Francesca de “As Pontes de Madison” (1995), a sofisticada e gélida Miranda Priestly de “O Diabo Veste Prada” (2006) e a maluquinha Donna de “Mamma Mia!” (2008), filme, aliás, em que teve de cantar.

“Ser aberto às mudanças é uma dificuldade para alguns, mas é um comportamento necessário para quem deseja trilhar uma trajetória de destaque”, fala a master coach Ana Lisboa.

“Na crise, são as pessoas mais flexíveis que melhor se adaptam a mudanças e conseguem manter o emprego”, fala Sonia Garcia, especialista em recursos humanos.

3 -  Facilidade de comunicação

Outro diferencial de Meryl Streep é a facilidade que ela tem para imitar os mais diferentes sotaques como se tivesse nascido ou passado boa parte da vida naquele lugar.

A coach Carmem Zara afirma que a técnica “Rapport”, que vem do termo francês “rapporter” e remete à sincronização, é muito usada pela PNL (programação neurolinguística) para estabelecer uma relação harmônica entre as pessoas.

“Para criar ‘rapport’ com alguém, é necessário fazer contato visual, acompanhar o tom de voz, a postura corporal e mesmo o sotaque, quase como um espelhamento do outro. É uma técnica que constrói laços de compreensão e respeito”, explica.

Meryl Streep em O Diabo Veste Prada - Divulgação - Divulgação
Meryl Streep em cena do longa-metragem "O Diabo Veste Prada"
Imagem: Divulgação

4 - Não ter vergonha de admitir erros

Nem só de bons e aclamados papéis e trabalhos foi construído o percurso de Meryl Streep.

Nos anos 1970, ela participou de, pelo menos, duas produções –o filme “O Franco Atirador” e a minissérie “Holocausto”– por dinheiro, para ajudar a bancar o tratamento contra o câncer do ator John Cazale, seu namorado na época, que morreu em 1978.

Nos anos 2000, também fez trabalhos que não tiveram muitas críticas positivas, como o drama “Ao Entardecer”. O ponto é que ela nunca fez questão de omitir as escolhas ruins ou as atuações que deixaram a desejar.

“É necessário aprender com os erros e com as decisões equivocadas”, diz Fernanda, do Ibmec.

5 -  Envolver-se 100% no que faz

Para viver suas personagens, Meryl se envolve a tal ponto que passa a sofrer a dor delas como se fossem as próprias. Na icônica cena da decisão de “A Escolha de Sofia”, ela mergulhou tão intensamente no sofrimento que gravou toda a tomada de uma vez só.

“O profissional que se envolve integralmente com o trabalho tem maiores chances de sucesso na carreira”, diz a coach Carmem Zara.

6 - Não se abalar com críticas

No início da carreira, Meryl Streep ouviu de produtores e diretores que, além de ser feia, não tinha sex appeal para determinadas personagens.

Em vez de se ofender, brigar ou tentar se submeter aos padrões exigidos, ela provou por meio dos trabalhos premiados que tinha competência para encarnar qualquer tipo de mulher.

Nenhuma carreira, por mais bem-sucedida que seja, está imune a críticas.

“É preciso estar muito firme nos objetivos e usar as críticas como alavanca”, fala Larissa Grosseli, coach comportamental de negócios e empreendedorismo.

7 - Não hesitar em apontar o que acha que pode ser melhorado

Quando foi convocada a dar sua opinião sobre o roteiro de “Kramer vs. Kramer” (1979), seu primeiro sucesso, Meryl argumentou que a personagem não só não representava as mulheres que enfrentavam crises no casamento como ainda vinha sendo colocada de uma maneira muito má e egoísta.

O diretor e o roteirista acataram o ponto de vista da atriz e permitiram que ela escrevesse os próprios diálogos em cenas chave.

“Ter opinião e contribuir com boas sugestões para melhorar algo no trabalho demonstra potencial para liderar. O equilíbrio entre saber se impor sem arrogância e ter humildade sem ser submisso faz um bom perfil profissional”, fala Sonia Garcia.