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Depois do recesso, como retomar um trabalho que odeia? Siga esses passos

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Imagem: Getty Images

Heloísa Noronha

Colaboração para o UOL

09/01/2018 04h00

Após um período delicioso de festas, comilança e diversão, voltar à labuta diária pode ser um verdadeiro martírio, ainda mais se a sua relação com o trabalho não anda bom. Como reclamar não muda nada e muito menos quita boletos, o jeito é encarar a realidade e pensar em táticas para aplicar e melhorar o dia a dia enquanto sonha com o próximo feriadão. Eis algumas dicas:

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Aceita, que dói menos

Ao admitir que, pelo menos por enquanto, você não tem outra opção nas mãos, a não ser retornar, você para de sofrer e parte para o segundo passo que é… parar de se culpar. Você abraçou uma carreira que não tem nada a ver com você? Tinha mais de uma proposta de emprego na mão e optou por aquela que vem fazendo de seus dias um martírio? Mudou de empresa e se arrependeu? Paciência. Passar o resto do ano se lamentando ou se responsabilizando por uma escolha feita no passado. É hora de investir no autoconhecimento e planejar o futuro.

Reflita

Do que especificamente você não gosta no seu trabalho? São as tarefas? A rotina? O horário? Os colegas? O chefe? O salário? Os benefícios? Ao pensar sobre isso – melhor ainda se fizer anotações em um papel – você terá a clareza exata do que aflige e, a partir daí, estabelecer um plano de ação. O plano de ação começa a partir de respostas a outras perguntas. A primeira é: quais mudanças serão necessárias para que você se sinta melhor? Liste o que não gosta e em seguida escreva como desejaria que fosse feito. Então, responda: o que VOCÊ pode/deve fazer para conseguir o que deseja? Eis o seu plano de ação.

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Imagem: iStock

Converse com seu chefe

Dependendo do fator que causa o seu desconforto, é possível negociar algum tipo de mudança. Exemplos? Horários, prazos e até a função que você vem desempenhando ou o projeto no qual vem trabalhando. Em alguns casos, vale a pena consultar também o departamento de recursos humanos.

Crie oportunidades

Dê um novo significado à sua rotina profissional chata e sem graça. Olhe para os lados e perceba as infinitas oportunidades que os colegas de equipe, as pessoas de outros departamentos e os contatos externos podem oferecer. Tente conhecer aspectos e serviços da empresa até então pouco conhecidos. Faça novas amizades. Tudo isso vai ajudar a abrir sua mente e a obter uma visão diferente dos fatos.

Faça um momento “flashback”

Mergulhe no passado, mais precisamente na época em que escolher sua carreira ou quando ingressou no emprego atual, e lembre quais eram as suas expectativas. Será que não eram altas demais? O que foi perdido pelo caminho? Em que momento isso aconteceu e qual a sua parcela de responsabilidade? E, principalmente, relembre: o que você conquistou até agora? De que sentiu orgulho? Quais os momentos mais bacanas com os colegas de trabalho? A partir dessa análise, é possível que volte a se apaixonar pelo que faz ou, pelo menos, a conseguir se envolver mais com o trabalho e a encontrar novos sentidos para suas tarefas.

Talvez seja meio óbvio, mas lembre-se que as mudanças partem DE VOCÊ, nunca PARA VOCÊ. Assim, arregace as mangas, pare de reclamar e vá à luta.

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Imagem: Getty Images/RapidEye

Organize-se financeiramente

Enxugue as despesas desnecessárias e comece a poupar dinheiro. O ideal é ter pelo menos o equivalente a seis meses do seu salário bem guardadinho. Dessa forma, se as coisas chegarem a um nível insuportável, pelo menos você tem como se virar por um tempo.

Atualize seu currículo e as mídias sociais

No início do ano também é hora de se informar sobre as ocupações e os setores que estarão em alta em 2018. Muitas faculdades e instituições também oferecem cursos interessantes de férias entre janeiro e fevereiro, dê uma pesquisada.

Se chegar à conclusão de que o que deseja mesmo é trocar de emprego, tenha em mente exatamente o que quer. Mudar só por mudar pode não ser uma escolha vantajosa, sob diversos pontos de vista: financeiro, profissional, pessoal, etc.

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Imagem: Thinkstock

Aproveite o horário de almoço 

Tomar um café com uma amiga, olhar vitrines, visitar uma livraria, caminhar num parque ou pelos arredores, conferir uma exposição, etc. Uma atividade gostosa vai dar fôlego extra para encarar o segundo round e deixar o dia mais produtivo.

Tenha gratidão

Antes de revirar os olhos e resmungar para essa palavrinha meio clichê, procure entender que talvez a sua situação seja privilegiada em comparação à de muita gente. Antes de sair para o trabalho, pense em pelo menos três coisas boas relacionadas a ele. Ao fim do expediente, comemore o que houve de bacana. Pode ter certeza que a cada dia encontrará mais coisas para agradecer e a cada dia irá reclamar menos.

Fontes: João Alexandre Borba, psicólogo, palestrante e master coach, do Rio de Janeiro (RJ); Larriane Lopes, coach, de São Paulo (SP); Madalena Feliciano, gestora de carreiras da Outlieers Carriers, de São Paulo (SP); Rafaela Generoso, coach e especialista em desenvolvimento humano, de São Mateus (ES), e Renata Cox, psicóloga e coach de carreiras, de Campo Grande (MS).