Executivas dizem qual conselho dariam pra elas mesmas no início da carreira

É só depois que a gente adquire maturidade e experiência, que conseguimos olhar para trás e perceber o que poderíamos ter feito de diferente. Embora avaliar o passado com a cabeça do presente não seja justo com nós mesmas, não dá para negar que resulta em conselhos valiosos para outras pessoas. E foi isso o que pedimos para as sete executivas, que você vê a seguir, fazerem.
“Tenha alguma experiência internacional”
“Vá morar em outro país! Na época, eu até tinha condições financeiras, mas não tinha a coragem necessária para dar esse passo. O meu vínculo familiar sempre foi muito forte e eu também já trabalhava e tinha medo dessa pausa prejudicar a minha carreira. Mas hoje, olhando para trás, sei que não prejudicaria. A vivência no exterior abre os horizontes e ajuda você a ter humildade, que é tão importante na carreira. Você precisa ser humilde quando é um estranho em uma outra cultura. Também torna você mais tolerante às diferenças", Vanessa Lobato, 48 anos, vice-presidente de Recursos Humanos do Santander
“Tenha mais paciência”
“Tem que ser resiliente, porque as coisas vão acontecer na hora certa. Eu lembro de me frustrar por querer realizar no meu tempo. Eu achava que estava pronta e poderia abraçar um monte de tarefas. Quando recebia um ‘não’ vinha a frustração. Mas hoje eu percebo que foi muito bom não ter conseguido naquele momento, porque eu, provavelmente, não daria conta. Em vez de se lamentar, o caminho é se perguntar por que não conseguiu. E, então, correr atrás do que está faltando, para que você consiga um resultado diferente em outra oportunidade", Giovana Mueller, 44 anos, diretora sênior de TI da Dell EMC
“O caminho profissional nem sempre é reto”
“O mundo corporativo mostra oportunidades e desafios em caminhos alternativos. Saiba aproveitar as oportunidades. Vá trabalhar com pessoas diferentes, a gente costuma se aproximar de pessoas iguais a gente. Eu tive muitos embates no início da carreira, porque não sabia gerir pessoas mais velhas do que eu, por exemplo. Mas é a diversidade que traz a inovação. Aprenda a se comunicar com diferentes setores. Em algumas situações eu tive problemas por não mudar o meu estilo de comunicação com pessoas de níveis diferentes. Essa maleabilidade é importante para quem quer liderar", Karen Sandhof, 39 anos, diretora executiva de operações da ThoughtWorks Brasil
“Saiba valorizar o que te faz diferente”
“Tão importante quanto provar que é capaz como os demais, é potencializar as qualidades que te fazem única. Para isso, mais do que salário e outros benefícios, é fundamental buscar um ambiente de trabalho onde te permita mostrar suas diferenças e fomentar uma cultura de diversidade. Trabalhar no iFood foi uma grande aposta, no início da carreira eu tinha dois caminhos a seguir: participar dos tradicionais programas de trainee de empresas multinacionais ou me arriscar no mundo das startups. Eu abracei a segunda opção e participei, desde o início, de um negócio que mudou a dinâmica de um mercado”, Simone Carvalho, 33 anos, diretora comercial do iFood
“Grandes oportunidades vêm de situações difíceis”
Às vezes, a gente está numa situação difícil na empresa, com muitas mudanças acontecendo. Mas nesses momentos aparecem as oportunidades de crescimento, então, tem que ter paciência. A incerteza causa desmotivação, mas se você consegue se manter motivado, em meio a esse cenário, atrai visibilidade para o seu trabalho. Eu também diria para pesquisar a cultura da organização antes de fazer uma escolha profissional. Hoje em dia temos acesso fácil às avaliações de funcionários. Pensar no desafio e no salário não é suficiente, tem que saber se aquele ambiente funciona com o seu jeito de ser”, Soraya Bahde, 34 anos, diretora de Gente & Inovação da Alelo
“Não tenha medo de errar”
“A gente não chega lá sabendo tudo. Muitas habilidades nós vamos desenvolvendo na prática. Mas também é preciso ouvir os mais experientes, olhar os exemplos de sucesso. Eu tive um coach que ajudou muito na minha carreira. Baixe a ansiedade para construir uma carreira sólida. Não se apresse em crescer. Tenha várias habilidades, aprendas idiomas e seja flexível. Mas também aprenda a dizer ‘não’, algumas coisas temos que recusar, porque não dá para fazer tudo”, Christina Matteucci, 48 anos, diretora de acesso da Bristol-Myers
“Busque uma especialização fora do Brasil”
“Eu deixei de fazer poucas coisas do que eu pretendia fazer, sempre busquei muita capacitação, inclusive fora da minha área de formação. Mas se eu pudesse fazer algo diferente, eu teria planejado um curso de especialização internacional, para ter essa experiência fora e fluência em outro idioma, poderia até não ser o inglês. Conciliaria isso com a experiência de trabalhar fora. Eu acho que isso enriqueceria a minha carreira”, Lidia Freire Abdalla Nery, 44 anos, presidente executiva do Grupo Sabin
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