Grávida que consome fast food todo dia afeta saúde de filho, neto e bisneto
Um estudo da Faculdade de Medicina St. Louis, da Universidade de Washington, nos Estados Unidos, publicado no periódico científico “Cell Reports”, apontou que grávidas que consomem alimentos altamente ricos em açúcar e gordura, além de se tornarem obesas, afetam também a saúde das futuras gerações. A informação foi divulgada pelo site da universidade.
Enquanto pesquisas anteriores já haviam relacionado a saúde da gestante a problemas de peso do filho no futuro, esse é o primeiro estudo a indicar que, mesmo antes de engravidar, a obesidade da mulher pode causar anomalias genéticas que serão passadas a pelo menos três gerações.
Seus descendentes tornam-se mais propensos a desenvolver doenças metabólicas, como obesidade e diabetes do tipo 2, e problemas cardiovasculares, mesmo se tiverem uma alimentação saudável.
Segundo a médica Kelle H. Moley, professora da Faculdade de Medicina James P. Crane e principal responsável pela pesquisa, a descoberta é muito importante porque mais de dois terços das americanas em idade reprodutiva estão com sobrepeso ou sofrem de obesidade.
O estudo foi realizado com ratas, acompanhadas desde seis semanas antes da concepção até o desmame dos filhotes. Elas receberam uma dieta composta por 60% de gorduras e 20% de açúcar, o equivalente a consumir fast food todos os dias.
Os filhotes, entretanto, receberam uma alimentação controlada, rica em proteínas e pobre em gorduras e açúcar. Apesar disso, filhos, netos e bisnetos das ratas desenvolveram resistência à insulina e outros problemas metabólicos.
Para os pesquisadores, os efeitos de uma dieta ruim da mãe em humanos pode ser ainda pior, uma vez que as crianças tendem a imitar os hábitos maternos.
Outros estudos devem ser realizados para descobrir se a prática de exercícios aliada a uma alimentação balanceada seria capaz de reverter o quadro.
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