Montanhas, varanda com lareira e decoração rústica fazem casa nos EUA
“É aqui que queremos estar”, foi o primeiro pensamento que Clay Heighten e sua esposa, Debra Caudy, tiveram quando desceram do avião no Aeroporto do vale Jackson Hole, em Wyoming, há oito anos. Como Heighten diz: “Aquelas montanhas realmente causam impacto”.
Heighten, 57 anos, médico que virou empresário e Caudy, 56 anos, oncologista, vivem em Dallas com o mais novo de seus quatro filhos (os outros três já estão crescidos) e estavam na cidade para visitar um parceiro de negócios que havia construído uma casa com uma vista invejável para as montanhas. Até aí, não há muita novidade, pois a cidade de Jackson está praticamente cercada por montanhas – a Teton Range a oeste e a Gros Ventre Range a leste – e, por isso, é difícil não ter uma vista espetacular.
Não há muito tempo, o casal passou a procurar uma casa no local. Apesar da recessão, contudo, as opções eram poucas e os preços, altos. “Nós vimos muitas cabanas de madeira monótonas, nenhuma era o que queríamos”, conta Heighten.
Casa “nevada”
Depois de terem comprado um terreno de 20 mil m² por US$ 1,2 milhão em 2011, os médicos praticamente o entregaram para Larry Pearson, da Pearson Design Group, em Bozeman, Montana. A empresa além de projetar, ainda construiu e mobiliou uma casa de 500 m² em apenas 16 meses. O que custou outros cerca de US$ 4 milhões.
As diretrizes dadas a Pearson limitaram-se a pedidos gerais. “Queríamos que a casa se misturasse ao exterior. Queríamos ser capazes de deixar as portas abertas para entrarmos e sairmos. E termos áreas de estar do lado de fora” resume Heighten.
O projetista seguiu à risca o que pediram e, no lugar de um hall de entrada formal, desenhou um espaço ao ar livre que permite que a neve se espalhe entre os móveis. Claro, há uma lareira, algo que vem a calhar quando o clima está gelado. E, também, há portas de correr iguais às dos celeiros, no caso de haver muito vento, o que também não é incomum. “Mas o que é um pequeno desconforto quando você está cercado por este tipo de beleza? A entrada, na verdade, tem a melhor vista de toda a casa”, destaca Pearson.
O mobiliário foi escolhido para suportar o clima, embora as almofadas e a as luminárias móveis sejam levadas para dentro quando não há alguém na varanda. De sua parte, Caudy parece filosófica sobre os desafios da vida ao ar livre em Wyoming: “O lar é a arte em si – e é o que as pessoas dizem sobre a nossa casa: 'uma obra de arte' e de todos os seus espaços, o que os visitantes mais adoram é o deck frontal”.
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