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Modelos andam em cima de carro em desfile da Mara Mac, inspirado na dança

A cenógrafa Bia Lessa usou carros e bicicletas para metaforizar a dança da mulher moderna - Alexandre Schneider/UOL
A cenógrafa Bia Lessa usou carros e bicicletas para metaforizar a dança da mulher moderna
Imagem: Alexandre Schneider/UOL

CAROLINA VASONE<br>Enviada especial ao Rio de Janeiro

15/01/2007 20h02

Marca de moda sofisticada do Rio de Janeiro, a Mara Mac colocou nove carros Mercedes-Benz na passarela para apresentar sua coleção de inverno nesta segunda (15), no Fashion Rio.



A direção do desfile foi da cenógrafa Bia Lessa. A inspiração era a dança, de um maneira metafórica: a dança da mulher moderna numa cidade urbana. Aí entraram os carros, num engarrafamento luxuoso e um pouco barulhento demais de vários modelos de Mercedes. Moças entraram empurrando os carros com os homens belos e formosos, confortavelmente sentados na direção de cada automóvel. Antes das modelos que desfilariam as roupas da coleção entrarem, cada motorista abriu seu jornal. E assim, o primeiro look entrou na passarela: um vestido com top de malha e saia de organza, lembrando as de bailarina. Por baixo, legging do mesmo tom cinza da parte de cima.



As leggings - tanto em malha como em meia de seda - apareceram na maioria das produções. As modelagens mais soltas de blusas, normalmente mais longas e molengas, davam movimento confortável aos corpos. A malha de algodão e o tricô são as apostas fortes da Mara Mac. Para dar glamour, a transparência da organza (que fazia lembrar o tema da bailarina), metalizada em dourado claro em casaquetos, saias mais curtinhas e levemente abertas, numa bermuda mais acinzentada usada com meia preta por baixo e num casaco sete oitavos. Os casacos, sempre leves, merecem destaque: o amassado cinza com detalhe em vermelho e, principalmente a versão estilizada de trench-coat com barra balonê.



Os tecidos amassados surgiram em vários modelos e o estilo esportivo se contrapunha à feminilidade das saias e blusas, em calças de moletom, casacos de zíper e até num ótimo paletó de tafetá no tom "taupe" (quase um caramelo) com uma mochilina acoplada.



Em vários momentos houve a intervenção da performance dirigida por Bia Lessa. Para abrir uma segunda fase do desfile, garotas entraram de bicicleta, numa sugestão bem direta ao estilo de vida mais "natural". No encerramento, com vestidos de malha de saia de organza de bailarina, Michelle Provensi e a modelo russa Eugenia Kuzimna andaram por cima dos carros para fechar a apresentação.

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