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Agência proíbe anúncio da Gucci com modelo "esquelética"

Agência britânica considerou a propaganda da Gucci, veiculada no site da "Times", "irresponsável" - Reprodução/Gucci
Agência britânica considerou a propaganda da Gucci, veiculada no site da "Times", "irresponsável" Imagem: Reprodução/Gucci

06/04/2016 12h53

Uma propaganda da marca italiana Gucci foi proibida no Reino Unido por trazer fotos de uma modelo "magra de modo não saudável". A Autoridade de Padrões da Publicidade no Reino Unido (ASA, na sigla em inglês) determinou que a forma como a mulher aparece na imagem e a "maquiagem escura" fazem com que ela aparente ser "esquelética".

A Gucci respondeu à proibição e justificou o anúncio dizendo que ele tinha como alvo um público "mais velho e sofisticado" e insistiu que o corpo da modelo era simplesmente "fino e torneado". No entanto, a ASA afirmou que a foto era "irresponsável". O anúncio apareceu no site do jornal The Times em dezembro de 2015.

Agora, a orientação dada à marca italiana é que o anúncio não seja mais utilizado a não ser que sofra alterações na imagem. "Avaliamos que o tronco e os braços da modelo estavam muito finos e parecem fora de proporção com sua cabeça e o resto do corpo", afirmou a ASA. "Nós também consideramos que sua expressão facial sombria e a maquiagem escura, principalmente ao redor dos olhos, fizeram seu rosto parecer esquelético. Por esse motivo, consideramos que a modelo encostada na parede aparenta ser magra de modo não saudável na foto e, portanto, concluímos que o anúncio é irresponsável."

Os publicitários da ASA disseram que modelos muito magras podem prejudicar a confiança de mulheres e meninas porque promovem um ideal de corpo "pouco saudável e inalcançável".

Resposta
A Gucci, porém, não concorda com as reclamações da ASA e argumenta que a modelo aparentava, sim, ser saudável, porque "em nenhum lugar do anúncio os ossos da modelo estavam à mostra" e que a maquiagem era apenas "natural em vez de pesada".

A marca também disse que a iluminação era "quente, para garantir que não haveria nenhuma depressão causada pelas sombras e que suas roupas não estavam revelando nada".

No ano passado, a francesa Yves Saint Laurent também foi proibida de usar uma imagem em que a modelo tinha "pernas muito finas" e "costelas visíveis".

Em maio de 2015, uma propaganda da Miu Miu --marca que pertence à Prada-- foi proibida pela ASA, que considerou a modelo utilizada no anúncio como "sensualizada de maneira imprópria para alguém eu parecia ainda ser uma criança".