Em busca de popularidade, jovens 'negociam' elogios no Instagram
Ana Paula acaba de postar uma "selfie" clássica no Instagram: close no rosto, óculos escuros, sorrisão e dedos em riste com um "V de Vitória". Resultado imediato: 101 curtidas e dezenas de comentários - "linda", "diva", "gata", "musa", "top".
Mas a boa repercussão não é fruto do ângulo escolhido em seu smartphone. A jovem está entre os milhões de brasileiros afeitos à autopromoção baseada em trocas nas redes sociais e acaba de aderir a uma novidade entre os usuários: a hashtag #trocoelogios.
A dinâmica é simples: Paula e seus amigos passam horas de seu dia comentando fotos de figuras populares, como Neymar, Valesca Popozuda e Mc Guimé. Por meio de hashtags, clamam por curtidas de outros usuários em suas publicações, prometem retribuí-las e, agora, também negociam frases positivas com quem elogia suas caras e bocas.
A meta é acumular o maior número possível de interações positivas e "atestar" sua popularidade online.
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Capital social
Explica-se: a alma do negócio nas redes sociais, dizem especialistas, chama-se "capital social". O termo indica que a relevância digital de alguém será maior conforme a quantidade de curtidas e a qualiadde dos comentários que ela arrecadar na internet.
É esta a corrida que leva Ana Paula e outros jovens a transformarem a visibilidade de seus ídolos em escada para a própria fama digital.
Sempre de carona em perfis famosos, brasileiros já compartilharam mais de 5 milhões de vezes hashtags como #trocolikes e #sigodevolta só no Instagram.
Novidade, o escambo de adjetivos por meio da hashtag #trocoelogios vem rendendo variações curiosas, como #trocoelogiosinceros, #trocoelogiosnaultimafoto e #trocoelogiosnasduasultimas.
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