Mulher que denunciou agressão sexual na UNAIDS não confia em investigação

A mulher que acusou um alto funcionário da UNAIDS de agressão sexual disse não confiar na nova investigação aberta pela ONU, de acordo com um comunicado enviado por seus advogados à AFP.
Martina Brostom, funcionária da UNAIDS, acusou o vice-diretor executivo da organização com sede em Genebra, o brasileiro Luiz Loures, de tê-la assediado e agredido sexualmente em um elevador em 2015.
Loures nega as acusações e foi absolvido em uma primeira investigação realizada em janeiro pelo Serviço de Avaliação e Audição (IOS) da Organização Mundial da Saúde (OMS).
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Essa segunda-feira, 30, foi seu último dia na UNAIDS, depois de ter anunciado sua saída no final de fevereiro, informou a organização.
Devido às críticas geradas pela primeira investigação e o surgimento de novas acusações contra Loures, a UNAIDS enviou na sexta-feira a Brostom uma carta anunciando que a agência decidiu "suspender" os primeiros resultados das investigações e reabrir o caso.
"Dadas as irregularidades que ocorreram no quadro da investigação anterior realizada pelo IOS, Brostom declara que não tem confiança na capacidade [...] de um órgão interno da ONU de realizar uma investigação independente e objetiva", ressaltaram seus advogados em um comunicado enviado à AFP.
De acordo com a UNAIDS, a nova investigação será conduzida por outro serviço de avaliação e auditoria independente da sede da ONU em Nova York e o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, vai tomar a decisão final neste processo.
A investigação foi reaberta a pedido do secretário-geral da ONU, Antonio Guterres, "à luz de novas acusações contra o Dr. Loures", explicou UNAIDS.
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