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Jovem vence prêmio do Google usando ímãs para tirar plástico dos mares

Jovem estudante Fionn Ferreira, de 18 anos, venceu a Google Science Fair 2019 - Fionn Ferreira/Divulgação
Jovem estudante Fionn Ferreira, de 18 anos, venceu a Google Science Fair 2019 Imagem: Fionn Ferreira/Divulgação

Márcio Padrão

Do UOL, em São Paulo

03/08/2019 15h17

Resumo da notícia

  • Irlandês descendente de portugueses Fionn Ferreira venceu a Google Science Fair 2019
  • Estudante acredita que sua invenção pode remover 87% dos microplásticos da água
  • Partículas de plástico com menos de 5 mm de diâmetro são danosas aos animais
  • Magnetita em pó e ímãs fortes ajudam a puxar tipos diferentes de microplásticos

O irlandês descendente de portugueses Fionn Ferreira, de 18 anos, foi, nesta semana, o principal premiado na Google Science Fair 2019 --competição de experimentos de estudantes de 13 a 18 anos de todo o mundo-- pela criação de um método para retirar a poluição dos oceanos. O estudante acredita que sua invenção pode remover, pelo menos, 87% dos microplásticos da água.

Ferreira foi um dos 100 estudantes participantes e ganhou um prêmio de US$ 50 mil. A cerimônia aconteceu na sede da Google em Mountain View, Califórnia.

Microplásticos são partículas de plástico com menos de 5 mm de diâmetro e são um problema ambiental sério, capaz de intoxicar espécies de animais marinhos.

O método dele usa óxido de ferro não-tóxico (magnetita) para limpar derramamentos de óleo. Ao adicionar óleo a uma mistura contendo uma concentração conhecida de microplásticos, estes então migraram para a fase oleosa. O passo seguinte é pôr magnetita em pó à mistura, o microplástico resultante contendo ferro e fluido pôde ser removido usando ímãs fortes.

Dez tipos diferentes de plásticos foram testados. Para medir a concentração de microplásticos em uma determinada amostra, o jovem construiu um espectrômetro de luz visível para determinar a concentração de uma amostra. Exames ao microscópio e imagens no Adobe Photoshop também foram ferramentas de análise.

Ambos os métodos de teste comprovaram que cerca de 87,6% das amostras de microplástico foram retiradas com sucesso, com uma diferença de mais ou menos 1,1% entre os tipos de plástícos.

"Concluo que meu método seria a base para uma maneira eficaz de extrair o microplástico da água", disse Ferreira. O próximo passo é escalá-lo em escala industrial.