Como a inteligência artificial que cultiva manjericão pode ajudar o clima
Resumo da notícia
- Cientistas conseguem plantar manjericão em velocidade industrial sem afetar gosto
- Ervas foram colocadas em contêineres com luz automatizada e ar condicionado
- Algoritmos ainda calcularam as melhores condições de luz, temperatura e umidade
- Nova técnica permite plantio da planta com menos recursos naturais sendo usados
Com as mudanças climáticas preocupando cada vez mais, plantar usando os recursos naturais de uma forma consciente é um dos novos objetivos da ciência. E dois pesquisadores de universidades norte-americanas podem ter conseguido esse feito com o manjericão.
A iniciativa do experimento era plantar manjericão em velocidade industrial sem comprometer sua qualidade e gosto. E o resultado foi positivo.
Para isso, eles colocaram as ervas em vários contêineres com luz automatizada e ar condicionado em cada um deles, conectando cada um a um computador responsável por operar a inteligência artificial.
Desta maneira, os cientistas escreveram uma série de algoritmos que calcularam as melhores condições de luz, temperatura e umidade para cultivar manjericão.
O objetivo do projeto era duplicar e aperfeiçoar a produção de fazendas industriais, que têm crescido cada vez mais em países superpopulosos, como China e Japão.
Esse tipo de agricultura, no entanto, é conhecido pela quantidade de água usada em sua irrigação, o abuso de fertilizantes sintéticos, pesticidas químicos, além da produção de culturas geneticamente modificadas. Com essa nova opção, será possível plantar alimentos de qualidade com menos tempo e recursos.
"Os produtos agrícolas poderão crescer onde são consumidos, além de contar com maior qualidade e um custo reduzido", projetou Risto Miikkulainen, professor responsável pela pesquisa, ao The Daily Beast.
A análise também culminou em uma descoberta importante: a exposição constante à luz faz com que as moléculas de sabor do manjericão aumentem, ficando mais forte e saboroso.
Além do manjericão
Segundo Miikkulainen, em um futuro próximo pode ser possível cultivar outros tipos de plantas que não existem hoje em dia, como biocombustíveis e remédios. "Seu potencial é enorme", afirmou.
Para Pat Mooney, especialista em agricultura sustentável, no entanto, é muito cedo para tanta expectativa, já que "70% da alimentação mundial vem da produção campestre".
Para isso, é necessário mais ajustes e testes.
"Esse tipo de agricultura pode ser pensada em menor escala e vendida para pobres fazendeiros por um preço acessível", disse ao portal.
Desta maneira, com parte das fazendas usando inteligência artificial, os camponeses continuariam a cultivar seus produtos, mas agora em menor espaço e gastando menos água.
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