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Alvo de reguladores, Microsoft oficializa Call of Duty no Nintendo Switch

Cena do jogo Call of Duty Warzone Pacific; Microsoft diz que novos títulos da franquia chegarão ao Switch junto com Xbox - Divulgação/Activision
Cena do jogo Call of Duty Warzone Pacific; Microsoft diz que novos títulos da franquia chegarão ao Switch junto com Xbox Imagem: Divulgação/Activision

De Tilt, em São Paulo

21/02/2023 12h30

A Microsoft anunciou nesta terça-feira (21) que levará a franquia de games "Call of Duty" para plataformas da Nintendo, e que novos títulos serão lançados simultaneamente para Xbox e Nintendo Switch.

"Microsoft e Nintendo negociaram um acordo de 10 anos para levar Call of Duty para jogadores da Nintendo — no mesmo dia do lançamento no Xbox, e com os mesmos recursos e paridade de conteúdos", diz o comunicado da Microsoft.

"Estamos comprometidos em fornecer um acordo de longa duração de acesso ao Call of Duty para outras plataformas de videogame".

Uma prévia do compromisso entre Microsoft e Nintendo foi tornada pública no fim do ano passado, mas a oficialização só foi realizada nesta terça-feira. Não foram anunciados os valores do acordo entre Microsoft e Nintendo.

A Microsoft diz que fez uma oferta similar à Sony (que produz o Playstation), e que está comprometida em fazer um acordo semelhante com a plataforma de games Steam em condições semelhantes.

Preocupação com monopólio

O anúncio vem em um momento em que a Microsoft é alvo de reguladores em várias partes do mundo pela compra da Activision Blizzard por US$ 68,7 bilhões, anunciada em janeiro de 2022.

Há uma preocupação que caso a aquisição seja finalizada, a empresa forme um monopólio e impeça que títulos da desenvolvedora — como Call of Duty, Overwatch e Crash Bandicoot, por exemplo — não cheguem a plataformas concorrentes, como os consoles Playstation, da Sony.

De acordo com a agência Reuters, Brad Smith, presidente da Microsoft, deve falar ainda hoje em uma comissão antitruste (que analisa práticas anticompetitivas) na União Europeia para defender a finalização da compra do estúdio de desenvolvimento de games. Já nos EUA, a FTC (Comissão Federal de Comércio) já se mostrou contra a oficialização da aquisição.

Um órgão antitruste do Reino Unido chegou a sugerir que o jogo Call of Duty ficasse de fora da aquisição da Microsoft — a franquia é um dos maiores sucessos do mundo dos games.

O acordo entre Microsoft e Nintendo seria uma forma de mostrar para os reguladores que a empresa está aberta para disponibilizar títulos em consoles de concorrentes.

*Com informações do GeekWire e Engadget