Por que jogadores chineses não poderão mais jogar World of Warcraft
Os jogadores chineses de "World of Warcraft" lamentaram, nesta segunda-feira (23), que o famoso jogo de RPG não esteja mais disponível no país, devido a um desacordo comercial entre a companhia americana Blizzard e sua parceira local.
Depois de desavenças com a chinesa NetEase, a Blizzard havia anunciado em novembro que os usuários chineses não poderiam mais jogar "World of Warcraft", assim como outros títulos populares da empresa, como "Overwatch", "Diablo III" e "Hearthstone: Heroes of Warcraft".
Os servidores destes jogos seriam desativados na China a partir da meia-noite desta terça-feira (14h de segunda-feira no horário de Brasília).
"É o fim", escreveu um usuário da rede social Weibo (equivalente ao Twitter na China), que ilustrou a mensagem com um emoji em lágrimas.
"Não era apenas um jogo, mas as memórias da infância de toda uma geração", destacou outro usuário.
Ambientado em um universo de fantasia medieval, o jogo de RPG on-line foi um fenômeno mundial, especialmente durante a primeira década dos anos 2000.
A Blizzard lançou "World of Warcraft" na China em 2008, graças a um acordo de colaboração com a gigantesca empresa de tecnologia chinesa NetEase.
As empresas estrangeiras de videogames são obrigadas a fazer parceria com uma empresa local para entrar no mercado chinês.
Blizzard e NetEase encerraram a colaboração em novembro, depois de não conseguirem chegar a um acordo nas discussões de renovação dos contratos de exploração.
"As duas empresas tomaram os jogadores como reféns", lamentou Wu, estudante de doutorado com 32 anos e usuário de "World of Warcraft" há dez anos, em conversa com a AFP.
Este jogador, que dedicava três horas diárias ao jogo RPG, prefere ver com otimismo o fechamento dos servidores.
"Não dedicava tempo suficiente para minha esposa. Agora que 'World of Warcraft' acabou, poderei me perdoar", diz Wu.
ehl-bur/abx/eb/zm/ms/tt
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