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Quem é o novo CEO do Twitter? Conheça 10 curiosidades sobre Parag Agrawal

Parag Agrawal (esq.) e Jack Dorsey (dir.): atual e ex-CEO do Twitter - Reprodução/Twitter
Parag Agrawal (esq.) e Jack Dorsey (dir.): atual e ex-CEO do Twitter Imagem: Reprodução/Twitter

Barbara Mannara

Colaboração para Tilt, do Rio de Janeiro

01/12/2021 10h25

O Twitter tem um novo CEO (presidente-executivo), Parag Agrawal, anunciado esta semana para o lugar de Jack Dorsey, cofundador da rede social.

Apesar de não ter um nome tão popular para o grande público, Agrawal está no Twitter há mais de dez. Sua jornada profissional começou como engenheiro, até se tornar um dos principais executivos da companhia.

Agrawal começou na empresa em outubro de 2011. Em 2017, ele foi nomeado diretor de tecnologia, onde se tornou responsável pela estratégia de aplicação de tecnologias de inteligência artificial, de acordo com informações da Forbes.

Confira a seguir curiosidades sobre Parag Agrawal e repercussões sobre o novo cargo:

1. Origens

Agrawal tem 37 anos e nasceu em Mumbai, na Índia, mas atualmente reside nos Estados Unidos. Casado com Vineeta Agrawal, ele é pai de Ansh Agrawal.

2. Formação acadêmica

Agrawal recebeu seu diploma de graduação pelo Instituto Indiano de Tecnologia de Bombay, com curso de ciência da computação e engenharia.

No currículo ainda está presente um doutorado em filosofia e ciência da computação pela Universidade de Stanford, nos Estados Unidos.

3. Microsoft e Yahoo no currículo

O executivo integrou uma equipe de outra gigante da tecnologia, a Microsoft, em 2006. Foi um período curto, em um cargo de pesquisa, por apenas quatro meses. Logo depois ele seguiu para as empresas Yahoo e AT&T (operadora dos EUA).

4. Participou de decisões críticas do Twitter

Mesmo sem ter seu nome tão conhecido entre o grande público, Agrawal teve importante impacto nas transformações da empresa e esteve "por trás de todas as decisões críticas", segundo destaca Dorsey, em sua carta de despedida.

Ele também é conhecido como "amigo próximo" do cofundador do Twitter, segundo um ex-funcionário do Twitter, em depoimento ao jornal Wall Street Journal.

O executivo indiano foi indicado por Dorsey ao cargo de CEO e nomeado por unanimidade pelo conselho da empresa para assumir a nova função.

"Minha confiança nele [Agrawal] como nosso CEO é profunda", destacou também na carta de despedida.

5. Título de "engenheiro ilustre" no Twitter

Agrawal já recebeu o título de "engenheiro ilustre" em sua trajetória pelo Twitter. O reconhecimento veio pela sua participação em um projeto relacionado ao aumento da relevância dos tweets dos usuários e resultados do crescimento do público na rede social.

Em 2018, Agrawal foi nomeado CTO (Chief Technical Officer — ou diretor-chefe) do Twitter, sete anos depois de entrar na empresa.

6. Twitter e o uso de IA

Agrawal, já como diretor-chefe do Twitter, foi um dos nomes mais dedicados ao desenvolvimento de IA (Inteligência Artificial) para uso na rede social.

O executivo chegou a comentar, em uma conversa com Nicholas Thompson, CEO do The Atlantic, sobre os esforços do Twitter para usar a tecnologia e algoritmos inteligentes. O propósito seria de detectar contas de bots (robôs virtuais) maliciosos e identificar conteúdos potencialmente prejudiciais.

7. Ele está "energizado" e agradecido

Após assumir o novo cargo, o profissional enviou uma carta para os colaboradores da empresa e afirmou que está "incrivelmente energizado" pelas novas oportunidades que o Twitter tem pela frente.

8. Projetos ousados: Bluesky e moeda do Twitter

Agrawal está envolvido desde 2019 como supervisior da plataforma Bluesky, um projeto queridinho de Dorsey, agora ex-CEO do Twitter.

Sua ideia ainda é subjetiva, mas a iniciativa envolve pesquisas para a criação de "padrão aberto e descentralizado de mídia social". Ou seja, diferentemente do que ocorre hoje, processos como hospedar de conteúdos, fazer a moderação dos mesmos e executar a monetização das redes sociais não seriam realizados por uma única empresa.

Na visão de Dorsey, isso ajudaria a lidar com desafios que as grandes redes sociais precisam resolver (como o crescimento de discurso de ódio, por exemplo).

São poucas informações mas já sabemos que o líder tem nome: Jay Graber, anunciado no início do ano. O agora atual presidente-executivo deve então se concentrar em tirar isso do papel em seu novo cargo.

Agrawal chegou a publicar no Twitter, em 2019, sua animação com o projeto: "Estou incrivelmente animado pelo Twitter com o início do @bluesky, um novo esforço independente para desenvolver um padrão descentralizado para a mídia social", diz o post, em tradução livre.

Para completar, o executivo deve continuar direcionando esforços da empresa para o projeto da Twitter Crypto, que irá explorar pagamentos em criptomoedas (como Bitcoin) e explorar oportunidades para monetização da rede social a partir de tecnologias como NFT (tipo especial de ativo digital criptografado).

Apesar de ter sido criada na época de Jack Dorsey, a equipe focada nisso também se reportava diretamente a Agrawal. O time da Twitter Crypto deve trabalhar em colaboração com Blesky - segundo o The Verge, ponto que combina com o interesse da Agrawal em plataformas de internet descentralizadas (sem um único dono).

9. Resistência à Agrawal

Os olhares saltaram, da noite para o dia, em direção à Agrawal. E com isso, surgiram críticos à sua posse como presidente-executivo da rede social. Um tuíte do profissional, publicado em 2010, foi usado para basear as críticas.

A mensagem, que seria uma citação do programa de TV "The Daily Show", está sendo apontada como indicação de um posicionamento de esquerda, descrito inclusive como racista.

A postagem diz o seguinte (em tradução direta): "Se eles não vão fazer uma distinção entre muçulmanos e extremistas, então por que eu deveria distinguir entre pessoas brancas e racistas?"

Não houve nenhuma declaração oficial de Agrawal sobre o ocorrido, segundo reportagem da BBC.

10 - Meta de "dobrar a meta"

Como presidente-executivo, o profissional terá o objetivo de dobrar a receita anual este ano e alcançar 315 milhões de usuários ativos diários que possam render dinheiro para o Twitter até o final de 2023, de acordo com reportagem da CNBC .

*Com informações de matérias do The Verge, TechCrunch e BBC