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Coronavírus dura 7 dias em máscaras; veja quanto ele vive nas superfícies

Fabiana Uchinaka

De Tilt, em São Paulo

03/04/2020 04h00

Nova pesquisa divulgada por cientistas da faculdade de medicina da Escola de Saúde Pública da Universidade de Hong Kong apontou que o novo coronavírus tem uma alta sobrevida, de até 14 dias, quando submetido a baixas temperaturas. Esse prazo cai bastante conforme a temperatura sobe, mas o que chama a atenção é que o SARS-CoV-2 (ou HCoV-19) se mantém ativo por mais tempo em máscaras cirúrgicas e utensílios de aço inoxidável, como maçanetas.

Os pesquisadores chineses mensuraram qual o grau de estabilidade do vírus causador da Covid-19 em diferentes condições para tentar determinar o nível de contaminação indireta, ou seja, por meio do contato com objetos infectados.

Anteriormente, pesquisadores do Instituto Nacional de Saúde (NIH) dos Estados Unidos e das universidades de Princeton e da Califórnia em Los Angeles (UCLA), ambos dos Estados Unidos, já haviam publicado estudo no "The New England Journal of Medicine" sobre a duração do coronavírus em papelão, plástico e metal inoxidável.

O estudo chinês ressalta que:

Surpreendentemente, um nível significativo de vírus infeccioso ainda pode ser detectado na camada externa de uma máscara cirúrgica no dia 7, indicando que o SARSCoV-2 é extremamente estável nessa superfície

O que se sabe até agora é que o vírus precisa de um hospedeiro para se multiplicar e fica muito vulnerável fora do organismo, ou seja, o nível de infecção vai caindo ao longo do tempo. Para os pesquisadores chineses, a infecção por contato indireto "não está clara", enquanto os americanos consideraram-na "plausível", embora faltem mais estudos.

A via de transmissão mais importante do novo coronavírus é através de gotículas e outras secreções que saem do trato respiratório superior (boca e nariz) de uma pessoa doente ou assintomática, que atingem as mucosas (olhos, nariz e boca) de outras pessoas, causando a doença. A transmissão poderia ocorrer também pelo contato das mãos com superfícies contaminadas com o vírus, que pode ser transferido para os olhos, nariz e boca, mas ainda não está claro qual o grau de contaminação.

Nos surtos anteriores causados pelos coronavírus SARS-CoV e MERS-CoV, não houve transmissão dos vírus pelos alimentos.

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