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Coronavírus: 8 pessoas são presas na China por espalhar fake news no WeChat

Segundo as últimas atualizações fornecidas por autoridades locais, o número de mortos pelo coronavírus na China chegou a 170 - AFP
Segundo as últimas atualizações fornecidas por autoridades locais, o número de mortos pelo coronavírus na China chegou a 170 Imagem: AFP

De Tilt, em São Paulo

29/01/2020 22h57

A polícia de Wuhan, na China, prendeu pelo menos oito pessoas acusadas de compartilhar fake news sobre o coronavírus no WeChat, segundo divulgado pela mídia estatal. Há relatos de que outras 40 pessoas estejam sendo investigadas em todo o país por motivo semelhante.

O fato preocupa porque o WeChat é ferramenta quase indispensável para o dia a dia dos chineses. Ele começou como um mero app para troca de mensagens, mas agora tem até feed de notíciais, sistema de pagamento e um recurso similar às stories do Instagram.

Como parte da política do Partido Comunista da China, o WeChat censura conteúdo considerado sensível há quase uma década. Sua importância para o governo chinês é tamanha que o app adicionou um recurso que permite aos usuários enviar informações sobre como o surto de coronavírus está sendo tratado nas cidades.

Até fontes oficiais chinesas acabaram espalhando informações falsas: a mídia estatal e Lijian Zhao, vice-diretor geral do departamento de informações do Ministério das Relações Exteriores do país, chegaram a compartilhar um vídeo da construção de um prédio, alegando que seria um novo hospital em Wuhan - e não era.

Números do surto atualizados

Segundo as últimas atualizações fornecidas por autoridades locais, o número de mortos pelo coronavírus na China chegou a 170. A morte mais recente aconteceu na província de Sichuan, no sudoeste do país.

A região de Hubei, epicentro da epidemia, registrou mais 1.032 casos confirmados. Outros 700 foram identificados no resto da China.

Agora, o número total de pessoas infectadas é de cerca de 7.700, superando assim a quantidade de contaminados pela Síndrome Respiratória Aguda Grave (SARS) em 2002 e 2003.