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Oferta falsa da "Turma da Mônica" no WhatsApp visa crianças; PF faz alerta

Golpe usa "Turma da Mônica" para enganar crianças - Reprodução
Golpe usa "Turma da Mônica" para enganar crianças Imagem: Reprodução

Gabriel Joppert

Colaboração para Tilt, em São Paulo

03/09/2019 17h11Atualizada em 08/09/2019 10h42

Sem tempo, irmão

  • Imagem falsa com personagens da Turma da Mônica persuadia crianças
  • Intenção é fazer com que jovens deem número do cartão dos pais
  • PF avisa para que não se compartilhe dados pessoais com estranhos online

Um novo golpe que circula no WhatsApp tem um alvo diferente para ações do tipo: crianças. A falsa promoção, que usa imagens e o nome da Turma da Mônica, pode fazer com que jovens compartilhem dados como cartão de crédito e afins por meio de técnica conhecida como "phishing", gerando até alerta da Polícia Federal.

A imagem circulando pela internet traz os personagens do clássico gibi infantil com a mensagem "A Turma da Mônica está procurando um novo amiguinho". Na sequência, a mensagem informava como "fazer parte da turminha", dando instruções para o alvo do golpe informar o número do cartão de crédito "da mamãe", além da data de validade e o código de segurança.

A Maurício de Sousa Produções emitiu, na última sexta (30), uma nota de esclarecimento tratando do golpe envolvendo personagens da Turma da Mônica, negando que a promoção seja real.

"A Mauricio de Sousa Produções (MSP) informa que não tem nenhuma relação com a postagem fake que está circulando nas redes sociais e aplicativos de mensagens, como WhatsApp, com o uso indevido de imagens dos personagens da Turma da Mônica solicitando, às crianças, o envio de dados de cartão de crédito e CPF de seus pais. A MSP alerta para que não se repasse esse tipo de conteúdo falso adiante".

Golpe envolvendo a "Turma da Mônica" no WhatsApp - Reprodução - Reprodução
Golpe envolvendo a "Turma da Mônica" no WhatsApp
Imagem: Reprodução

A Polícia Federal afirmou que, a princípio, não recebeu reclamações específicas sobre o golpe da Turma da Mônica, mas alertou para que os pais procurem evitar que crianças tenham conhecimento de informações sensíveis como as pedidas na imagem, e também evitar deixar cartões de crédito em locais de fácil acesso.

A assessoria de comunicação do Deic (Departamento Estadual de Investigações Criminais) de São Paulo também informou que este tipo de golpe ainda não foi apresentado junto à 4ª DIG (Divisão de Investigações Gerais/4ª Delegacia de Delitos Cometidos por Meios Eletrônicos).

Para o analista da Kaspersky Thiago Marques, o tema do golpe não é novo, já que houve um caso similar com a Peppa Pig. Ele afirmou que pais devem ficar de olho no que os filhos estão fazendo no celular.

"Recomendamos sempre o diálogo entre pais e filhos, com o intuito de estarem próximos dos assuntos que os filhos estão procurando online, bem como recebendo via WhatsApp, Facebook, entre outras mídias. O intuito dessa conversa não é apenas evitar problemas com cartão de crédito, mas também situações muito mais graves como sequestro - e até casos similares ao da baleia azul", explicou.

Precauções e medidas

Neste caso, os alvos dos golpes seriam especificamente crianças. É importante lembrar que nunca - não importa a sua idade - se deve compartilhar informações pessoais com desconhecidos pela internet, sejam dados de cartão de crédito ou endereço, nomes completos e números de documentos. Todas essas informações podem ser aproveitadas em eventuais golpes.

A maioria dos bancos também oferece sistemas de aviso por SMS ou então aplicativos no celular que notificam cada transação realizada. Isto ajuda a ficar de olho e tomar providências rápidas caso se perceba movimentações suspeitas.

Caso você seja vítima de um crime deste tipo, você pode procurar delegacias especializadas, que já atuam em alguns estados. Caso não haja delegacia em seu estado, a recomendação é entrar em contato diretamente com a delegacia da Polícia Civil mais próxima.

Lembre-se também de colher o máximo de informações possível, como capturas de tela, trocas de mensagens ou números de telefone, nomes de perfis ou endereços de email envolvidos no incidente.

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