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Nokia informa que deixará de atuar na Rússia por tempo indeterminado

Pessoas caminham pelo estande da Nokia durante Mobile World Congress 2022, em Barcelona (Espanha) - Albert Gea/Reuters
Pessoas caminham pelo estande da Nokia durante Mobile World Congress 2022, em Barcelona (Espanha) Imagem: Albert Gea/Reuters

Em Helsinque (Finlândia)

12/04/2022 10h00

A empresa finlandesa de telecomunicações Nokia anunciou nesta terça-feira (12) que abandonará a Rússia e demitirá parte de seus 2.000 funcionários neste país.

O anúncio da gigante nórdica que emprega 90.000 pessoas em todo o mundo ocorre um dia após sua rival sueca Ericsson decidir suspender indefinidamente suas atividades na Rússia.

A operadora de redes de telecomunicações móveis, que suspendeu o fornecimento de produtos ao país no início de março, "pode anunciar agora que abandonará o mercado russo", afirma um comunicado.

A Nokia possui 2.000 funcionários na Rússia, dos quais cerca de 200 trabalham no setor de pesquisa e desenvolvimento, informou uma porta-voz à AFP.

"Infelizmente, nessas circunstâncias, as demissões são inevitáveis. No entanto, propomos transferir alguns cargos fora da Rússia", declarou em um e-mail.

A decisão resultará em uma provisão de 100 milhões de euros (108 milhões de dólares) nas contas do primeiro trimestre da Nokia, que serão publicadas no fim de abril.

A Rússia representou menos de 2% da receita da Nokia em 2021. O grupo mantém as previsões financeiras para 2022 "devido à forte demanda em outras regiões".

Na segunda-feira, a concorrente sueca Ericsson anunciou a suspensão das operações na Rússia por tempo indeterminado e colocou os 600 funcionários no país em licença.

A saída dos dois pesos pesados ocidentais deixa o caminho livre para a líder mundial do setor, a chinesa Huawei. Os três grupos compartilham a maior parte do mercado de instalação de redes 4G e 5G no planeta.

Centenas de empresas, principalmente ocidentais, anunciaram a suspensão das atividades ou a saída da Rússia desde a invasão da Ucrânia, em 24 de fevereiro, e as posteriores sanções contra Moscou.