Prêmio Planeta consagra a autora espanhola Eva García Sáenz de Urturi
A escritora espanhola Eva García Sáenz de Urturi, autora de romances policiais e conhecida pelo sucesso "Trilogia da Cidade Branca", recebeu hoje o prêmio Planeta de melhor romance inédito com sua nova obra "Aquitania", um thriller medieval de base histórica.
"Bastou uma decisão para mudarem minha vida", disse a autora de 48 anos na cerimônia realizada em Barcelona, ao agradecer ao júri pelo prêmio, no valor de £ 601 mil (aproximadamente R$ 4 milhões).
Nos últimos anos, com a própria editora Planeta, Saénz de Urturi se tornou uma das autoras mais conhecidas da Espanha graças à "Trilogia da Cidade Branca".
Publicados entre 2016 e 2018, os três livros sobre assassinatos em série e mulheres corajosas que se passam no País Basco, sua terra natal, venderam mais de um milhão de cópias. No Brasil, o primeiro volume saiu pela editora Intrínseca em 2020.
No sétimo romance de sua carreira, Sáenz de Urturi decidiu mergulhar em um "thriller medieval" com "Aquitania", centrado na personagem histórica Leonor de Aquitânia, uma mulher lendária que no século XII foi rainha da França e depois da Inglaterra, duas potências antagônicas na época.
Sáenz de Urturi disse à imprensa que conheceu essa figura estudando elementos históricos para seu livro anterior. "Apaixonei-me pela personagem", a "primeira mulher que decidiu separar-se do marido, o rei da França, alegando consanguinidade", contou a vencedora, que disse ter misturado fatos históricos e "criatividade".
O segundo lugar da premiação ficou com a apresentadora de televisão espanhola Sandra Barneda, 45, com o romance "Un océano para llegar a ti" (Um oceano para chegar até você, em tradução livre). Ela levou £ 150 mil (aproximadamente R$ 1 milhão).
A cerimônia foi realizada no Palácio da Música, em Barcelona, em formato reduzido, com pouco mais de 100 pessoas, devido ao coronavírus.
O prêmio Planeta, o mais importante prêmio literário da língua espanhola, costuma servir de trampolim para multiplicar as vendas de autores já conhecidos. Este ano, concorreram 582 manuscritos, muitos deles submetidos sob pseudônimos, e enviados da América Latina, Espanha e Estados Unidos. Foram selecionados dez finalistas.
A história da premiação inclui ganhadores do Prêmio Nobel de Literatura entre seus vencedores, como o peruano Mario Vargas Llosa e o espanhol Camilo José Cela, além de outros escritores de prestígio, como Eduardo Mendoza, Antonio Muñoz Molina, Soledad Puértolas, Maruja Torres, Juan Marsé e Jorge Semprún.
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