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'Nunca beijei o Luciano, mas ele gozou várias vezes na minha boca por anos'

Em meados dos anos 2010, eu passei em um concurso e fui trabalhar em um órgão público. Entrei aos 24 anos pensando que os meus colegas seriam todos pessoas bem mais velhas, mas encontrei inclusive muitos mais novos que eu, principalmente entre os que entraram comigo.

Um deles era o Luciano, que na época tinha 19. Ele era um rapaz baixinho e magro, e de cara um percebeu que o outro era gay. Naturalmente, a gente se aproximou. O Luciano tinha um namorado e eu estava numa fase cronicamente solteiro, totalmente avesso à ideia de ter algo sério com alguém e aproveitando o lado bom disso, com muito sexo casual.

E aí, aos poucos, o sexo se tornou assunto. Um dia, eu comentei que queria ir a uma sauna gay — e ele claramente ficou tentado. Me senti um diabinho no ombro oferecendo o pecado, e ele aceitou. Detalhe: até aquele momento, eu nunca tinha visto ele pelado e vice-versa. Antes de sair do trabalho, nós fomos até o banheiro e ele abaixou as calças e pediu para eu olhar se a bunda dele estava "arrumadinha".

E fomos até a tal sauna. Era a minha terceira vez num lugar assim, primeira nesse especificamente, e primeira dele. Ela já não existe mais, mas na época era bem localizada, próxima a uma faculdade grande, bem frequentada. Entramos e pouco depois as coisas começaram a rolar. Quando um cara se aproximou dos dois, enquanto me chupava, eu tentei dar um beijo no Luciano, mas ele recusou. Me deixou pegar no pau dele e chupar, mas não me deixou beijar. E daí veio a tônica do resto da relação.

Eu nunca beijei o Luciano ao longo dos quatro anos que a gente trabalhou junto, mas ele gozou na minha boca inúmeras vezes, quase todas elas dentro do escritório, que virou o nosso playground quando todo mundo ia embora. Era sempre igual: ele me mandava mensagem no Facebook dizendo que estava com tesão e a gente combinava de ficar até mais tarde, quando os colegas todos iam pra casa. Aí fechávamos a porta com o trinco, abaixávamos as persianas e rolava ali mesmo: na minha mesa, na mesa dele, na mesa da chefe, no banheiro, na copa... Só que ele nem pegava no meu pau, não me beijava, eu era praticamente o escravo sexual dele.

Isso durou todo o tempo em que fomos colegas. Às vezes, durante o expediente mesmo, dávamos uma escapadinha para um dos andares vazios do prédio e eu ficava de joelhos chupando ele em alguma sala fechada. Em uma ocasião, fomos para o banheiro em pleno horário de almoço e tive que voltar correndo pro outro andar, porque lá estava sem papel e ele tinha me deixado com as costas e a bunda todas meladas.

Eu dei pro Luciano uma única vez. Ainda no esquema de transar depois de todos irem embora, nós fomos para o banheiro do escritório e a coisa foi esquentando além do usual boquete. Acabou que eu, com medo de "passar o cheque" e tudo, dei pra ele apoiado na pia do banheiro. Depois, eu tinha natação e tive que ir com as pernas bambas, praticamente correndo, pra não perder o horário.

Com o tempo, o playground passou a receber outros também: uma vez, chamamos um rapaz, que chupou os dois. O Luciano gozou em cima do meu pau e deu pro menino chupar até eu gozar também. Sei que em pelo menos uma outra ocasião ele levou um outro cara pra lá e chegou a ser pego pelo segurança do prédio, mas a história felizmente nunca vazou.

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Imagem: Adams Carvalho/UOL
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Era esse tipo de amizade que eu tinha com o Luciano e, felizmente, era só amizade mesmo. É interessante como a falta de beijo não me incomodava em nada, era uma relação muito específica e eu me sentia bem dando prazer pra ele, como se fosse um acordo: eu fazia ele gozar e, em troca, sentia a satisfação de ver um cara totalmente entregue ao meu boquete. Foi nessa época também que passei a me orgulhar dos meus talentos orais.

E, é claro, o fator de ter feito esse papel de "portador da tentação" era bem excitante. Os namorados dele, e foram dois durante esse período todo, nunca souberam do que a gente fazia, até onde eu sei. Ainda troco mensagens com o Luciano, algumas relembrando os bons tempos. Fico feliz de saber que ele nunca saiu de fato dessa vida da putaria.

*Nomes trocados a pedido das fontes.

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