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Vesti o cintaralho e fui a ativa da noite num ménage com dois homens

Sou casada há 6 anos com um homem 12 anos mais velho, e desde o começo nossa relação é bastante aberta com relação a sexo. Somos oficialmente monogâmicos, mas frequentamos swing e já fizemos sexo a três, sempre com outra mulher, ou a quatro, com outro casal. Mas nunca tinha rolado um ménage com meu marido e outro homem. O que poderia ser mais uma história de mulher submissa e dupla penetração se desdobrou de uma maneira nem diferente: eu queria ser a ativa e praticar pegging pela primeira vez.

Comecei a ler e a procurar vídeos sobre a prática depois de assistir a "Deadpool" - ver a personagem da Morena Baccarin com um cintaralho, mesmo numa cena muito rápida, me deu tesão. Confesso que nos vídeos achei tudo estranho, tendo sido criada em meio aos tabus que envolvem a nossa sociedade patriarcal.

Os conteúdos são muito voltados ao sadomasoquismo, e não era isso o que eu tinha em mente. Foram os vídeos amadores e horas em grupos do Reddit que me ajudaram a entender o pegging como nada mais que uma prática de sexo heterossexual, e fui me interessando cada vez mais. A parte difícil seria convencer o meu marido a se abrir — literalmente — para receber sexo anal.

Depois de meses de conversa e algumas tentativas discretas de fio-terra, um plug anal de vez em quando e até um massageador de próstata, ele sugeriu que a gente fizesse um ménage com outro homem para eu realizar minha fantasia, e ele poder assistir.

Foi no próprio Reddit que encontramos um cara a fim de participar da brincadeira. Falamos no chat e depois fizemos até chamada de vídeo para todo mundo se conhecer melhor. Ele, Fred*, era bem experiente, deu dicas e marcou a data para dali a 15 dias. Acho que nunca fiquei tão ansiosa para uma transa como naqueles dias.

Alugamos um apartamento por um fim de semana e lá recebemos o Fred, num sábado. Conversamos, tomamos vinho, e ele tinha uma caixa com dildos, lubrificante (essencial!) e alguns óleos de massagem. Eu e meu marido também tínhamos algum equipamento, e eu já estava vestindo um cintaralho por debaixo do vestido.

A transa começou entre meu marido e eu. Nos beijamos, nos tocamos, e eu pedi pra fazer sexo oral nele - enquanto o Fred, que usava um plug anal, só assistia. Meu marido então pediu pra trocar de posição, começou a fazer sexo oral em mim e convidou o Fred pra me chupar também.

O tesão de nós três exalava pelo quarto. O Fred, então, escolheu um dos dildos menores, me entregou um vidro de lubrificante e a coisa ficou séria.

Ele me ajudou a acoplar o dildo e começou me cavalgando. Disse que assim ele poderia controlar movimento e profundidade e se soltar. Ele se sentou de frente pra mim e enquanto descia e subia, ficava com o pau cada vez mais duro, apontando pra mim. Acho que eu nunca tinha visto um pau ficar tão duro daquele jeito. Fui ficando cada vez mais louca e meu marido foi chegando cada vez mais, me beijando, beijando meus seios e assistindo a tudo de perto.

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Depois de algum tempo o Fred pediu pra trocar de posição e de dildo, para um maior e mais largo. Ficou de quatro, se lambuzou de mais lubrificante, e me pediu pra meter. A minha sensação era de poder, de tesão, de controle. Me joguei sem medo e metia cada vez mais fundo, segurando nos quadris dele, que gemia e pedia mais.

Meu marido foi ficando louco também, e começou a se masturbar com o massageador de próstata, enquanto olhava pra mim. O Fred então começou a dizer pro meu marido que sabia que ele estava gostando, e que a vez dele estava chegando. Perguntou pra mim se eu queria tentar comer o meu marido, e eu disse que sim.

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Imagem: Adams Carvalho/UOL

O Fred foi guiando a gente em cada passo: comecei com o fio-terra no meu marido e logo troquei para um vibrador. Ele foi se soltando e pediu para sentar em mim. Troquei o cintaralho e ele sentou devagar, e foi subindo e descendo no próprio ritmo. Não demorou muito e ele aumentou o ritmo, cavalgando loucamente, gemendo e com o pau muito, muito duro. Ele disse que queria gozar, e pediu pra me comer: tirei o cintaralho e ele me penetrou por segundos até a gente gozar juntos. Naquele momento a gente esqueceu completamente do Fred, que só olhava pra gente, orgulhoso.

Foi uma transa íntima e mágica. Depois dessa experiência, a gente incluiu o pegging de vez na nossa vida sexual. Ainda trocamos mensagens com o Fred, e meu marido já agradeceu a ele por ter sido um ótimo professor, mas nunca mais nos vimos de novo.

Agora eu digo que o pegging é um caminho sem volta e, para as mulheres que lerem isso, garanto: se você nunca experimentou, não sabe o que está perdendo.

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*Nome trocado a pedido das fontes.

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