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Último dia de Lolla tem tributo a Hawkins e gritos por Lula no palco

Colaboração para Splash, de Pernambuco

27/03/2022 23h41

O terceiro dia de Lolla começou antes mesmo da abertura dos shows, nas páginas judiciais: o TSE entendeu como propaganda eleitoral a apresentação de Pabllo Vittar e de Marina, no primeiro dia, e proibiu novos 'atos eleitorais' no último dia de festival.

Na ocasião, Marina se manifestou contra Bolsonaro e Pabllo ergueu uma bandeira do ex-presidente Luís Inácio Lula da Silva (PT).

A decisão foi repudiada por famosos e Felipe Neto até se ofereceu para ajudar aqueles artistas que fossem multados por se manifestar hoje.

Além da decisão judicial, o Lolla também foi afetado antes do início devido ao risco de chuvas fortes em Interlagos, o que atrasou o início dos primeiros shows do dia.

E quando o festival começou de fato, ficou claro que os artistas não levariam ao pé da letra a decisão do TSE.

Fresno abriu os trabalhos, exibindo um "Fora Bolsonaro" no telão e ainda recebeu no palco o cantor Lulu Santos, que se manifestou contra a censura.

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Fresno faz telão com 'Fora, Bolsonaro' e público apoia manifestação
Imagem: Reprodução/Multishow

Na sequência, Marina Sena também usou o palco para falar sobre política. Mais comedida, a artista não citou Bolsonaro diretamente, mas pediu que todos tivessem atenção ao título de eleitor, pois só assim poderiam mudar algo.

Quando a plateia entoou cantos contra Bolsonaro, Marina sorriu e completou: "Não é possível que com tanta gente gritando isso a gente não consiga". O público até brincou o protesto mais "leve" da cantora.

Já o rapper Djonga, ao subir ao palco do Lolla, não apenas falou contra Bolsonaro, como citou indiretamente a decisão do TSE. Ele declarou que "já que não podia falar", iria falar, pois "gosta de desobedecer".

Djonga fez ainda um manifesto contra racismo no final de sua apresentação.

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Glória Groove mostra número de Lula em apresentação no Lolla
Imagem: Reprodução/Multishow

Nos momentos finais da noite, o tom político voltou a ser predominante. Gloria Groove protestou contra a censura e Bolsonaro e ainda usou uma roupa com o número 13, referente ao ex-presidente Luís Inácio Lula da Silva.

O tributo a Taylor Hawkins apresentado por Emicida foi marcado pela participação de Marcelo D2, que também ignorou a decisão do TSE e não só protestou contra Bolsonaro, como fez gritos a Lula no palco.

Ao final do tributo, a banda Ego Kill Talent tocou covers de músicas famosas do Foo Fighters. A banda abriu a turnê do Foo Fighters em 2018.

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Ego Kill Talent se apresenta no Lolla, em tributo a Taylor Hawkins
Imagem: Reprodução/Multishow

No festival, Perry Farrell, criador do Lolla, deixou uma mensagem sobre Taylor Hawkins.

Durante os dois primeiros dias de festival, mais de 100.000 pessoas estiveram presentes no festival. Na sexta-feira, foram 100.980 pessoas e no sábado, 103.000 pessoas.

Assim como nos demais dias, famosos também curtiram o festival.