'La Casa de Papel': personagem ganhou macacão especial e atacou colega

Carlos Díez é o homem por trás dos famosos macacões vermelhos de "La Casa de Papel". O figurinista teve trabalho extra com a quinta e última temporada da série espanhola, que estreia sua primeira parte na sexta-feira (3) na Netflix.

Isso porque os últimos episódios foram gravados durante a flexibilização da pandemia de covid-19. Ainda assim, cuidados extras tiveram de ser tomados e mais de 500 macacões foram produzidos para garantir que cada personagem tivesse ao menos oito trocas de roupas iguais (ou quase isso).

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Splash visitou virtualmente o set de gravações da série, conheceu o local onde ficam armazenados todos os figurinos desde a primeira temporada e descobriu várias curiosidades sobre a icônica peça, que virou até mesmo fantasia de Carnaval aqui no Brasil.

Made in... Itália!

Se você prestar bem atenção, os macacões da primeira e da segunda temporada são diferentes dos atuais. Com a Netflix assumindo a produção (e injetando bastante dinheiro), o figurinista fez algumas adaptações.

"Este macacão não tem nada a ver com o antigo. Ainda é o famoso macacão vermelho, mas tem partes em preto. Respeitamos a ideia original, mas esses macacões [modelo novo] foram feitos na Itália. Fizemos umas 500 peças. Eles têm coisas como ajustes na cintura, novos zíperes, ajustes nas costas e ventilação embaixo das axilas", conta Carlos Díez.

Menos um...

Só tem um macacão que não foi feito na Itália, e sim pelas próprias mãos do figurinista espanhol. O de Sofía! Não lembra dela? É o furão fêmea que despista a polícia no final da terceira temporada. Sofía ficou muito fofa com a roupinha vermelha igual à do bando do Professor, mas deu trabalho para Carlos Díez e também para o elenco.

"Tive que fazer à mão porque procuramos roupas para furões na internet que fossem vermelhas com capuz e não achamos em nenhuma loja física ou virtual", conta o figurinista. Para ele, o resultado compensou e é um dos macacões mais especiais da série.

A Netflix Espanha fez até um vídeo especial para Sofía, mostrando como foram os testes e a seleção dela para o elenco da série mais famosa do país.

Já o ator Luka Peros, o Marselha, que conduziu a visita, contou que Sofía não foi tanto com a cara dele. "Aquela danadinha. Só para vocês saberem: aquele furão ataca. Ela me mordeu!", contou aos risos.

Será que é porque ela achou que Marselha fosse um rival? Vale lembrar que na parte 3 da série ele fica do lado de fora do banco ajudando na operação do bando e, portanto, não usa o famoso macacão vermelho.

Pra que tanta roupa?

Apesar de parecer que o bando do Professor não troca de roupa nunca durante o assalto, não é bem assim. Entre os segredos dos bastidores, estão as múltiplas peças. Um macacão limpo, outro sujo de sangue, outro com fuligem de explosão... Para cada cena um macacão igual, mas diferente.

As roupas de todas as temporadas também estão muito bem armazenadas e organizadas, e há uma explicação para isso:

Basta pensar que nós fizemos a terceira e a quarta temporada ao mesmo tempo. E as gravações nunca acontecem na ordem de exibição. Nós temos todos os figurinos, até das temporadas anteriores, caso apareça uma cena de flashback com algo que aconteceu no início da segunda temporada. Por isso, nós guardamos todos os figurinos. Cada personagem tem seu macacão. E o cuidado aumentou por causa da covid, então agora cada ator têm pelo menos oito macacões. Carlos Díez, figurinista de "La Casa de Papel"

E as máscaras?

Curiosamente, as famosas máscaras de Salvador Dalí, outro ícone da série, também não são todas iguais. Elas são personalizadas e feitas de acordo com o tamanho do rosto de cada ator ou atriz. Ou seja, nada de misturar as máscaras no set. Cada um tem a sua.

"Cada ator e atriz tinha a sua e eram várias. Elas são personalizadas e, como você pode ver, têm tamanhos diferentes. Elas são maiores para os homens e um pouco menores para as mulheres. Essas máscaras foram feitas especialmente para 'La Casa de Papel'", conclui o figurinista.