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Kuêio traz seus coelhos para exposição em São Paulo

Existe um animal solto pelas ruas de São Paulo. Um coelho azul que não apresenta nenhuma ameaça e espalha uma mensagem de amor e alegria. O responsável por essa espécie é o artista que atende pelo nome Kuêio, borrando as linhas entre personagem e artista.

Na cena de arte urbana desde 1999, com seu estilo cartunesco criou e compartilhou em todo canto de São Paulo seus coelhos azuis, que agora ganham a exposição "Quando Falar Não Basta", na A7MA galeria.

Não separe nosso amor, obra de Kuêio
Não separe nosso amor, obra de Kuêio Imagem: Divulgação

Suas obras apresentam cenas cômicas de personalidades do universo urbano que se encontram, de alguma maneira, durante a concepção do graffiti e da pichação. Seja representando a própria ação de "pixar" e seus bastidores ou registrando "instantes urbanos" captados sob o olhar do artista.

Te vejo (por dentro), logo te conheço 2021, obra de Kuêio
Te vejo (por dentro), logo te conheço 2021, obra de Kuêio Imagem: Divulgação

O personagem do artista, assim como ele, é grafiteiro e entusiasta da pichação paulistana. "O meu coelho é um grafiteiro pichador e é o personagem principal. Na maioria dos trabalhos que faço, ele vai aparecer. Outros personagens coadjuvantes são o cabra-da-peste, o cara de periferia, descendente nordestino ou o próprio nordestino imigrante, e a pomba, que representa os bêbados que sempre passam e vêm interagir enquanto estamos num rolê de graffiti, além de outros personagens que também podem fazer parte desse cotidiano do fazer Graffiti", explica.

Uma característica comum em seus são elementos e narrativas da comunidade LGBT+, do qual faz parte como transgênero e homossexual. O personagem Kuêio é a identidade do próprio artista, de origem periférica, e se autorrepresenta como uma criança. Seus Kuêios são seres sem gênero, sem influência hormonal, que se vestem conforme o tema proposto e quem define seus gêneros são os próprios espectadores.

Na A7MA, Kuêio apresenta 18 obras, em telas de dimensões que variam entre 70 x 70cm e 200 X 200 cm, usando tanto apenas o spray como uma combinação de tinta acrílica com spray ou impressão mineral sobre papel hahnemmule e photo matte, além de um desenho de gratife sobre papel e duas esculturas feitas com cimento, madeira e materiais reciclados.

Serviço
Exposição
Quando falar não basta
Quando 17/8 a 24/9
Horário das 11h às 19h (de segunda a sexta) e das 12h às 17h (aos domingos)
Local A7MA Galeria (R. Medeiros de Albuquerque, 250 - Vila Madalena, SP)
Informações (11) 95301-1796
Entrada gratuita
Realização A7MA Galeria
Produção executiva Fernanda Hernandez

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Texto que relata acontecimentos, baseado em fatos e dados observados ou verificados diretamente pelo jornalista ou obtidos pelo acesso a fontes jornalísticas reconhecidas e confiáveis.

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