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Por que Juliette não merece o coração do galã de "Lupin"
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Juliette está em tudo, até em "Lupin", da Netflix. Homônima da campeã do BBB 21, a personagem passou despercebida na primeira parte da série francesa. Porém, com a estreia dos novos episódios, ela ganhou maior atenção dos fãs brasileiros.
Ame ou odeie Juliette Freire, todo mundo lembrou da rainha dos cactos ao ver a personagem interpretada pela atriz Clotilde Hemes.
*A partir daqui, o texto contém spoilers. Cuidado.*
Na segunda parte de "Lupin", Juliette Pellegrini ganha mais importância na história. Por meio dela, Assane Diop (Omar Sy) consegue executar uma de suas maiores jogadas contra o seu inimigo, o empresário Hubert Pellegrini. Manipulada por Assane, Juliette demonstra ser frágil e dócil.
Acompanhamos a trama sendo cúmplices dos golpes e roubos de Assane. Por isso, enganar Juliette parece correto para qualquer um. Afinal, nesse caso, os fins justificam os meios. Mas, por mais que esteja na posição de vítima, é importante lembrar que ela não é tão inocente assim.
Os mais desavisados até podem shippar Juliette e Assane, mas não há a menor condição deles terminarem juntos. Explico o porquê:
Passado racista
Sem dúvidas, a adolescência de Assane foi conturbada após o pai ser preso e assassinado, mas sua vida já não era fácil antes disso. Nesse período, o racismo de Juliette com ele era escancarado.
Podem justificar que ela mudou com o passar do tempo. Mas será mesmo? É difícil dizer, já que o fato de ficar com uma pessoa negra não faz ninguém não ser racista. Na dúvida, é melhor deixar Juliette passar por essa transformação bem longe do coração de Assane.
Sonsa
Juliette não sabia NADA do que acontecia debaixo do próprio nariz e aparentemente nunca duvidou do próprio pai, um ser humano que cheira podre já de longe. Ou ela se fez de sonsa ou é sonsa demais. Nos dois casos, o Lupin da nossa geração merece mais.
Exalando privilégios
A mudança brutal da personalidade de Juliette é muito estranha. Na primeira parte, era uma mulher confiante e cheia de si. Era tão firme que até humilhou o policial responsável por investigar o roubo de seu colar. Além disso, usou o tráfico de influência de sua família com uma naturalidade de dar inveja ao pai.
Já na segunda parte, Juliette parece que vai quebrar de tão frágil. Alguém consegue acreditar que a dondoca das artes abandonou os maus costumes de gente rica?
Assane tem uma vida para reconstruir na terceira parte de "Lupin". Vamos torcer para ele não inventar de ir atrás da Juliette. Que a beleza de Omar Sy nos proteja.
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