Viagem pela Borgonha, na França, mistura vinhos com kombi e chocolate

Andar de kombi vintage (adquirida no Brasil!), percorrer uma adega subterrânea bebendo vinho e comendo chocolate e conhecer vinhedos cheios de histórias são alguns dos passeios que o UOL fez ao visitar a região da Borgonha Franche-Comté, em maio.
O tour começou em Dijon –capital da região e casa da famosa mostarda dijon. A cidade está conectada à Paris por meio do trem de alta velocidade TGV e, a partir dela, chega-se, de carro, em pouco mais de uma hora, ao hotel e restaurante Ermitage de Corton, em Chorey-lès-Beaune. Foi nesse vilarejo que começou a aventura a bordo de uma kombi.
Patrimônio mundial
A bebida é um assunto tão sério na área que, em julho de 2015, a Unesco (Organização das Nações Unidas para Educação, Ciência e Cultura) tornou patrimônio mundial as 1.247 parcelas (áreas) de vinhedos existentes entre Dijon e Maranges.
Nessa primeira experiência, aprende-se logo de cara que um diferencial fundamental dos vinhos da Borgonha é o fato de as uvas serem cultivadas em pequenas parcelas. Cada uma tem o seu “climat”, uma combinação de fatores como composição do solo e incidência do sol, que resulta em produtos diferentes, mesmo que haja uma pequena distância entre uma parcela (terreno) e outra.
Outra lição que se aprende rapidamente é que basicamente os vinhos brancos da Borgonha são feitos com a uva chardonay e os tintos, com a pinot noir.
Com vinho e chocolate
Dos vinhos produzidos na Borgonha, 33 rótulos são classificados como “grand crus” (grau máximo de qualidade). Eles estão no topo da famosa pirâmide (que a qualquer momento alguém se sente impelido a desenhar para você) que indica o status das bebidas produzidas na região. Logo abaixo vêm os "premiers crus", os de vilarejo e os regionais.
De Chorey-lès-Beaune, em cerca de 30 minutos, chega-se a Beaune. Passa pela cidade a famosa Rota dos Grand Crus --sucessão de vinhedos de onde saem as estrelas da Borgonha. Nos arredores da localidade –que tem como símbolo o hospital histórico Hospices— são feitos oito vinhos “grand crus”.
Videiras de cem anos
No dia seguinte da visita à adega, mais um passeio por vinhedos, dessa vez em uma van. No tour France Intense, a francesa Alexia Papin faz as vezes de motorista e especialista em vinhos. Em um português esforçado, Alexia conta, entre outras curiosidades, que uma videira pode, assim como um homem, viver até cem anos.
Agora uma dica não falada nos passeios, mas que pode garantir a sua integridade física: não se deslumbre com tantos rótulos maravilhosos que serão colocados à sua frente. Para terminar o passeio em pé, dispense o hábito de esvaziar todas as taças que forem apresentadas a você. Beberique e despeje o restante em recipientes próprios para isso, que sempre estão estrategicamente posicionados.
*A jornalista viajou a convite da Atout France e da Air France.
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