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Retomada das viagens na Europa gera desafio logístico nos aeroportos

Funcionários da Air France no Aeroporto Charles de Gaulle, em Paris: companhia teme falta de pilotos e agentes de segurança nos aeroportos para suportar o maior fluxo de viajantes - Chesnot/	Getty Images
Funcionários da Air France no Aeroporto Charles de Gaulle, em Paris: companhia teme falta de pilotos e agentes de segurança nos aeroportos para suportar o maior fluxo de viajantes Imagem: Chesnot/ Getty Images

da RFI

05/05/2022 17h00

A alta repentina do número de passageiros nos aeroportos europeus, após o fim das restrições relacionadas à covid-19, representa um "desafio" para as empresas que reduziram o número de funcionários durante a crise. A filial europeia do Conselho Internacional dos Aeroportos admitiu que existem "dificuldades importantes" que afetam o transporte aéreo.

"O desafio imediato é gerenciar a alta repentina do tráfego, já que um dos efeitos da pandemia foi a redução dos recursos dos aeroportos e de manutenção das aeronaves no solo", disse o diretor-geral do Conselho na Europa, Olivier Jankovec, em um comunicado.

Ele salientou a necessidade de contratar novos funcionários, e disse que é impossível "realizar ajustes de um dia para o outro", levando-se em conta aspectos relacionados à segurança e os prazos necessários às formações.

Na véspera, a IATA, a principal associação mundial de companhias aéreas, pediu que a situação seja tratada com "urgência." O diretor-geral da entidade, Willie Walsh, lamentou "as longas esperas em inúmeros aeroportos ocasionadas por recursos insuficientes". Para ele, é importante agir para manter "o entusiasmo dos viajantes".

A companhia KLM foi obrigada a cancelar dezenas de voos no aeroporto de Schiphol, em Amsterdã, no último final de semana, que ficou saturado no início do recesso escolar de abril.

Os sindicatos que representam os funcionários do grupo ADP, que gerencia os Aeroportos de Paris, também alertaram para alguns riscos que envolvem os controles de segurança. Mais de 4 mil vagas estão abertas e há dificuldade em recrutar novos funcionários neste setor.

Dificuldades operacionais

O diretor-geral da Air France-KLM, Benjamin Smith, confirmou que o setor sofre dificuldades "operacionais".

"Nos Estados Unidos, há uma enorme falta de pilotos, que força inúmeras companhias aéreas a cancelar voos deste verão [no hemisfério norte]. Em alguns locais, não há policiais na alfândega em número suficiente, ou agentes de segurança", disse em uma coletiva de imprensa.

No mês de março, a IATA e a ACI notaram o maior aumento de circulação de passageiros desde o início da pandemia, apesar da guerra na Ucrânia. Em 2020, o número de viajantes despencou quase 3 vezes.

(Com informações da AFP)