Quer tomar um pinot noir sem destruir a conta bancária? Chile é boa opção

A pinot noir é uma uva muito admirada por enófilos. Seus vinhos costumam ser sutis e complexos e são cultuados em todo o mundo. O diabo é que o lugar onde a variedade brilha intensamente é a Borgonha, cujos rótulos variam entre "caros" e "impraticáveis".

No programa "Vamos de Vinho" desta semana, os jornalistas Vinícius Mesquita e Rodrigo Barradas falam sobre essa uva e, de quebra, dão uma dica de pinots que não quebram a banca: os chilenos.

Há pouco mais de 20 anos, o Chile começou a entender melhor as características dessa variedade. Aos poucos, os pinots excessivamente concentrados e quase doces foram dando lugar a outros, mais focados na elegância.

No programa, Vinícius Mesquita critica os pinots mais tradicionais do Chile: "Você espera um vinho mais leve, com fruta mais fresca. Às vezes, com pinot chileno, você não recebe isso". "Eu acho que essa é uma tendência em declínio", avalia Rodrigo Barradas.

O segredo disso foi a exploração de áreas mais frias, principalmente as costeiras como Casablanca e Leyda. Hoje, há bons pinots em praticamente toda a faixa de latitudes do comprido país, pois, graças ao relevo montanhoso e ao efeito do Pacífico, há pedaços mais frios em muitas regiões. Até no Atacama, bem ao norte, e no Malleco, quase no extremo meridional.

Além disso, também houve um aprendizado no modo de vinificar a pinot, buscando resultados mais adequados a ela.

Nem todos os vinhos têm exatamente o mesmo perfil. Alguns são mais frutados e lembram os norte-americanos de Sonoma. Outros miram mais diretamente na Borgonha. O melhor é experimentar os vinhos de várias regiões e produtores para saber de qual você gosta mais. O bom é que, neste caso, você não vai arruinar a sua conta bancária.

Continua após a publicidade
Divulgação

Divulgação

por R$ 227,00COMPRAR
Divulgação

Divulgação

por R$ 459,90COMPRAR

'Grand cru' x 'premier cru' na Borgonha:

Continua após a publicidade

"Grand cru" e "premier cru" são temas com potencial para fazer dispararem alarmes do enochatismo. Mas, na prática, eles ajudam a saber que vinho se está tomando (e, às vezes, por que se está pagando tão caro). No quadro "Momento Nerd" do programa "Vamos de Vinho" desta semana, o jornalista e nerd assumido Rodrigo Barradas explica o que isso quer dizer na Borgonha.

Esses termos têm a ver com a classificação dos vinhos, que, na Borgonha, se baseia nos vinhedos ("crus"). Na real, é bem simples. A ideia é que, quanto mais específico e renomado for o local de onde saíram as uvas que fizeram o vinho que está na garrafa, mais alto ele está na escala de qualidade. Existem regras específicas de produção para cada nível, mas a essência da classificação está na localização dos vinhedos.

Vamos de Vinho:

Apresentado pelos jornalistas Vinícius Mesquita e Rodrigo Barradas, o videocast combina conhecimento especializado e uma abordagem descontraída sobre o vinho. Os episódios são disponibilizados toda quinta, no Canal UOL e no Youtube de Nossa. Assista ao episódio desta semana na íntegra:

Deixe seu comentário

Só para assinantes