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Voo rumo a NY volta à pista em Londres por falta de treinamento de piloto

A Virgin alega que o copiloto é qualificado para voar de acordo com as leis do Reino Unido, mas precisava completar uma "avaliação final" de voo da empresa - Divulgação
A Virgin alega que o copiloto é qualificado para voar de acordo com as leis do Reino Unido, mas precisava completar uma "avaliação final" de voo da empresa Imagem: Divulgação

De Nossa

05/05/2022 13h08

O voo VS3 da Virgin Atlantic, que decolou do Aeroporto de Heathrow rumo a Nova York na segunda-feira (2), foi obrigado a dar meia volta após 40 minutos no ar e retornar à pista em Londres, segundo a CNN americana.

A aeronave já sobrevoava a Irlanda quando o comandante foi informado de que o copiloto não havia completado o treinamento necessário para voar.

À emissora, a companhia afirmou que o copiloto é parte de sua equipe desde 2017 e tem qualificações para voar de acordo com as regulamentações do Reino Unido, mas precisava completar uma "avaliação final" de voo da Virgin para exercer a função. Já o comandante foi classificado como "altamente experiente" pela empresa — ele seria funcionário da casa há 17 anos —, mas não teria status de treinador de pilotos. Por isso, o copiloto precisava ser trocado.

Os passageiros do VS3 aterrissaram no Aeroporto John F. Kennedy, em Nova York, quase três horas depois do planejado, de acordo com o jornal britânico Daily Mail. Eles foram obrigados a aguardar na pista até que um substituto fosse localizado.

"Nós tínhamos acabado de chegar à costa oeste da Irlanda quando o capitão anunciou: 'Vocês devem ter notado que conduzimos uma volta de 180º'. Em seguida, ele nos disse que estávamos voltando ao Heathrow devido a um erro administrativo e que eles precisavam assinar alguns papeis para podermos legalmente seguir viagem", relatou a passageira Julie Vincent ao Mail.

A companhia ainda teria garantido aos viajantes que sua segurança não havia sido comprometida durante os 40 minutos em que estiveram no ar, já que ambos os pilotos teriam licença e qualificações para operar a aeronave.

"Perguntamos diversas vezes o que estava acontecendo e tudo o que nos foi dito era que não era legal estarmos no ar e que precisávamos voltar para que um engenheiro pudesse avaliar que era seguro viajarmos", relembrou ainda a passageira. Mesmo após o pouso em Heathrow, os viajantes foram mantidos dentro do avião e suas refeições de bordo começaram a ser servidas antes da nova decolagem.

"Ao menos três pessoas com coletes de segurança entraram no cockpit por um tempo antes que as cortinas fossem fechadas. Fomos mantidos no avião enquanto nos ofereciam água e esperávamos por uma atualização. Um dos tripulantes comunicou ao outro bem alto que os fornos não estavam funcionando".

Segundo a passageira, diante do clima de incerteza e com apenas um carrinho, o serviço progrediu lentamente e o avião finalmente decolou com o novo copiloto.

A Autoridade de Aviação Civil do Reino Unido confirmou à CNN que "ambos os pilotos estavam adequadamente licenciados e qualificados para voar".

A Virgin Atlantic, por meio de um porta-voz, lamentou o incidente. "Nós pedimos desculpas por qualquer inconveniente causado aos nossos clientes que chegaram duas horas e quarenta minutos depois do programado como resultado da mudança de tripulação", disse um porta-voz ao Mail.