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Passageiro agride funcionário de companhia no aeroporto de Atlanta, nos EUA

Courtney Drummond foi preso após dar um soco em um funcionário da Southwest Airlines - Reprodução/Twitter
Courtney Drummond foi preso após dar um soco em um funcionário da Southwest Airlines Imagem: Reprodução/Twitter

De Nossa

25/03/2022 13h53

Um passageiro da companhia Southwest Airlines foi preso após dar um soco em um funcionário da aérea na terça (22) no Aeroporto Internacional Hartsfield-Jackson, em Atlanta, nos EUA. As informações são da emissora CNN americana.

Identificado pela polícia local como Courtney Drummond, originalmente de Henderson, no estado de Nevada, o agressor havia sido removido de um voo momentos antes, após se recusar a obedecer instruções de comissários enquanto a aeronave se deslocava do portão de embarque à pista.

Devido ao seu "comportamento agressivo" a bordo do avião, o piloto retornou ao portão. "Depois que o senhor Drummond foi acompanhado para fora do avião, ele ameaçou um agente do portão de embarque da Southwest por diversas vezes, até que finalmente o agrediu", informou o Departamento de Polícia de Atlanta à rede.

O comportamento do passageiro foi registrado por outros frequentadores do aeroporto:

Drummond foi detido por agressão e obstrução de justiça e levado à Penitenciária do Condado de Clayton. Sua fiança foi estipulada em US$ 10 mil (cerca de R$ 48 mil), mais US$ 1.600 (quase R$ 7.700) em taxas, mas não foi paga e ele permanece preso.

"A Southwest Airlines tem tolerância zero para qualquer tipo de agressão contra nossos funcionários e passageiros. Como resultado deste ataque imperdoável, este indivíduo foi banido de voar [com a companhia]", informou à aérea em comunicado à revista Newsweek, em que também ressaltou a resposta dos colegas do funcionário agredido, que imediatamente tentaram protegê-lo.

A mãe de Drummond, Gwendolyn Foster, se desculpou publicamente pelo comportamento do filho. "Meu coração está com todos os membros da equipe da Southwest, eles estão em minhas orações. Eu sinto muito que isso tenha acontecido e ele é quem tenha causado. Ele vem de uma família temente a Deus. Meu marido é pastor de uma igreja aqui", disse à CNN, garantindo que a família está muito magoada pelo incidente e que tem feito orações para que todos saiam bem da situação.

Embora não tenha sido divulgado nem pela companhia, nem pela polícia o motivo da agressão, o comportamento não é incomum, especialmente depois do início da pandemia.

Desde 2020, a FAA (Federal Aviation Administration — agência do governo americano que regula a aviação civil no país) passou a registrar picos de casos reportados de agressões físicas e verbais dentro das aeronaves, especialmente por parte de passageiros que se recusavam a obedecer as medidas sanitárias impostas em lei federal, como o uso de máscaras.

Apenas em 2022, a agência já iniciou 274 investigações de casos semelhantes ocorridos desde 1º de janeiro. Não à toa, as companhias aéreas americanas se uniram esta semana para enviar uma carta ao presidente Joe Biden em que pedem o fim da ordem federal que impõe o uso da proteção a bordo das aeronaves.