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Veneza rastreará celulares e usará câmeras nas ruas para monitorar turistas

Turistas retornaram com força total para Veneza, na Itália, após restrições da pandemia em 2020 - Getty Images
Turistas retornaram com força total para Veneza, na Itália, após restrições da pandemia em 2020 Imagem: Getty Images

De Nossa

09/09/2021 17h00

Após a cobrança de taxas de reserva para fazer bate-e-volta na cidade, além de bloqueio de navios de cruzeiro no centro histórico e disposição de guardas armados para patrulhar multidões, Veneza vai adotar uma nova medida para controlar o turismo desordenado na região: o governo municipal monitorará celulares e usará as câmeras nas ruas para controlar o fluxo de visitantes.

Segundo informações da agência de notícias Reuters, a prefeitura recorreu à polícia local para minimizar a onda de superturismo que atingiu a cidade. Os oficiais vão dispor de 468 câmeras de segurança, sensores ópticos e sistema de rastreamento de celulares para distinguir moradores de viajantes, italianos de estrangeiros e acompanhar de onde pessoas vêm, para onde vão e em que velocidade.

Autoridades devem obter uma fotografia de quão lotada a cidade está a cada 15 minutos, em que será possível contar o número de gôndolas e barcos nas águas, além de possíveis infrações que estejam cometendo.

Além disso, a prefeitura testa catracas similares a de aeroportos no centro histórico, para impedir a superlotação de patrimônio que precisa ser protegido.

O prefeito Luigi Brugnaro anunciou que os dados coletados serão sigilosos, mas também servirá para policiar as ruas e canais. Seu objetivo é tornar o turismo em Veneza mais sustentável. "Espero protestos, processos, tudo... Mas tenho a obrigação de tornar essa cidade habitável para aqueles que querem aqui morar e para aqueles que querem visitar", explicou.

De acordo com a administração local, a cidade perdeu cerca de um terço de seus moradores desde os anos 50 graças ao turismo desordenado. Cerca de 25 milhões de pessoas visitam Veneza a cada ano.