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Setor turístico da Itália pede ajuda ao governo após "desastre" no Natal

Veneza, na Itália - Getty Images/iStockphoto
Veneza, na Itália Imagem: Getty Images/iStockphoto

27/12/2021 14h33

O setor turístico da Itália pediu ajuda ao governo nesta segunda-feira para aliviar as consequências das últimas medidas aprovadas para conter os contágios de coronavírus, que levaram a diversos cancelamentos ou alterações no período do Natal.

Um relatório da maior patronal do país, Confcommercio, alerta para os dados "desastrosos" do turismo italiano ao longo de todo o ano de 2021, com uma redução de 60 milhões de chegadas e 120 milhões de pernoites em comparação com 2019, antes da pandemia.

Só no período de Natal, Ano Novo até 6 de janeiro, das 25 milhões de viagens planejadas pelos italianos há alguns meses, cinco milhões foram canceladas e 5,3 milhões foram encurtadas.

Ainda é preciso destacar os cancelamentos nos restaurantes do país, devido ao medo da variante ômicron, que se espalha sem controle, e o fechamento das boates até 31 de janeiro decretado pelo governo do primeiro-ministro Mario Draghi.

De acordo com o relatório, elaborado pela empresa de consultoria SWG, seis a cada dez entrevistados passaram dois dias fora de casa pelo Natal, embora sem sair da própria região, enquanto apenas 5% se atreveram a viajar ao exterior.

A patronal considera "óbvio" que o governo precisa apoiar estes setores do turismo com intervenções fiscais e facilitando o acesso ao crédito.

O presidente da entidade, Carlo Sangalli, acredita que os recursos aprovados até agora pelo governo "não são suficientes".

"É impensável que a economia italiana não possa contar com a locomotiva fundamental do turismo", advertiu, dado que este setor representa cerca de 13% do produto interno bruto (PIB) do país.