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OPINIÃO

Mauro: Renato não está inventando, ele encontrou um time com padrão de jogo

Do UOL, em São Paulo

23/07/2021 19h34

O Flamengo venceu seu terceiro jogo sob o comando do técnico Renato Gaúcho, o segundo por goleada, com 4 a 1 diante do Defensa y Justicia, no estádio Mané Garrincha, em Brasília, para assegurar a classificação às quartas de final da Libertadores, na qual terá o Olimpia como adversário.

No podcast Posse de Bola #145, Mauro Cezar Pereira analisa o início de trabalho de Renato no Flamengo e considera que o grande mérito dele é não ter inventado, utilizando uma formação de acordo com a maneira que seus melhores jogadores atuem mais confortáveis dentro de suas características. Mas o jornalista afirma que muitas vezes as análises tratam como se o time que o treinador pegou do antecessor Rogério Ceni fosse desorganizado, o que ele discorda.

"Boa parte das análises está muito contaminada por uma distorção da realidade, que são essas falsas verdades, 'o Everton Ribeiro não é substituído'. Era. 'O trabalho do outro técnico era ruim'. Não era ruim, o trabalho do outro técnico era um trabalho bom com problemas e o Renato tem um mérito, ele não está inventando, porque ele encontrou um time que tem padrão de jogo, ele não encontrou terra arrasada", diz Mauro Cezar.

"O Flamengo fez bons jogos esse ano, o time não era terra arrasada, isso é uma lenda que vão tentando repetir. Terra arrasada pegou o Jorge Jesus, que teve também 20 dias para treinar os jogadores, é bom lembrar. O Flamengo está numa situação agora em que o Renato está na crista da onda, todo mundo só elogiando, tudo maravilhoso. Agora, acho que o mérito dele é uma coisa que eu falei antes de ele chegar, qual o caminho para o Renato? É não inventar, é pegar o time e fazer alguns ajustes", completa.

O jornalista também cita, que ao contrário do que se diz em algumas análises sobre o jogo do Flamengo na última quarta-feira, o time passou por dificuldades quando sofreu o empate do Defensa y Justicia, considerando que Renato se saiu bem ao colocar Michael para dar maior tranquilidade no placar.

"Renato foi super bem no jogo de quarta-feira, a entrada do Michael naquele era muito oportuna, porque era um momento em que o Defensa y Justicia tinha que fazer o segundo gol, começou a marcar mais no campo do Flamengo, aquele momento do jogo foi um momento de susto. Quando estava 1 a 1, o medo da flamengada bateu geral. A flamengada é aquilo, América do México, a torcida lembra as flamengas na Libertadores, são várias, Defensor do Uruguai, perder para times microscópicos", diz Mauro Cezar.

"O Flamengo conseguiu ali, por conta de uma patacoada dos dois Diegos. Foi displicência dos dois, uma falha dos dois absurda e ali ficou 1 a 1, tanto que o Flamengo terminou o primeiro tempo meio com a bola queimando no pé, voltou para o segundo tempo e não estava jogando bem, o Defensa y Justicia não criou situação de gol, mas estava subindo a marcação, estava cedendo mais espaços depois que o Beccacece arrumou muito bem o time no primeiro tempo, mexendo com 20 minutos. O gol foi numa situação que deu alívio, havia ali o receio, foi o momento de uma certa tensão", conclui.

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