Londres inicia obras de transformação de áreas olímpicas
A cerimônia de encerramento dos Jogos Paralímpicos, que será realizada neste domingo, marca o fim das festividades esportivas na cidade de Londres, após um período no qual a capital britânica foi palco de diversas provas esportivas, incluindo as dos Jogos Olímpicos.
Na segunda-feira haverá um desfile de atletas paralímpicos pelo centro da cidade, ato que sela o começo da transformação das instalações olímpicas em áreas urbanas para uso da população. As obras devem demorar dois anos e o projeto prevê a remodelação da zona olímpica em um parque, que terá o nome de Rainha Elizabeth.
Dentro de um ano, no verão europeu de 2013, deve ser aberta a parte norte de um espaço que, quando estiver completo, contará com 180 hectares de área verde e outros 50 de praça urbana. Atualmente, o local é ocupado pelo Estádio Olímpico, o Centro Aquático e a torre Orbit, do escultor anglo-indiano Anish Kapoor.
As máquinas de construção, que abandonaram o Parque há apenas um mês e meio, voltarão ao local na semana que vem para começar a remodelação dos recintos esportivos permanentes e para desmontar os provisórios.
Um deles é a Arena de Basquete, uma instalação com capacidade para 12 mil espectadores, que custou 40 milhões de libras (R$ 129,8 milhões), e que desaparecerá totalmente.
Outra grande remodelação será realizada no Estádio Olímpico, que terá a capacidade reduzida de 80 para 55 mil espectadores, e apesar de não haver uma definição sobre qual uso terá o espaço, o time de futebol West Ham surge como interessado pelo local.
O Centro Aquático, desenhado pela arquiteta anglo-iraquiano Zaha Hadid, sofrerá mudanças drásticas ao ter duas arquibancadas laterais retiradas, diminuindo a capacidade de 17 mil para 2.500 espectadores e transformando as características do local onde o americano Michael Phelps se tornou uma lenda do esporte ao somar 22 medalhas olímpicas.
O novo Parque Rainha Elizabeth faz parte de um projeto de reconstrução do bairro de Stratford. Em uma primeira fase, serão colocados à venda 2.818 apartamentos que foram usados pelos atletas na Vila Olímpica, dos quais 625 serão habitações populares.
Além disso, o governo britânico quer dar um impulso, durante as próximas duas décadas, para construções nos arredores da zona olímpica.
O plano urbano da Companhia do Legado do Parque Olímpico para a zona residencial em questão inclui uma grande quantidade de casas rodeadas de espaços abertos, com diversas áreas verdes e de recreação.
O surgimento de um novo bairro em Stratford é bem visto, já que a cidade está imersa em uma crise imobiliária, com 10% dos londrinos em uma lista de espera para conseguir habitações populares. O preço médio de aluguéis em Londres hoje é de 1.038 libras (R$ 3,3 mil), 46% acima do que no resto do Reino Unido.
Dos sete bairros com as maiores listas de espera, três deles estão nas imediações de Stratford (Newham, Tower Hamlets e Barking and Dagenham), uma área abandonada que Londres espera recuperar para a classe média após os Jogos Olímpicos.
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.