Polícia invade federação espanhola por suspeita de corrupção na Supercopa

Em uma ação que tem por finalidade a investigação de corrupção e lavagem de dinheiro, a polícia da Espanha invadiu, hoje, os escritórios da federação espanhola de futebol e do ex-presidente da entidade Luis Rubiales. No alvo dos agentes, está um possível acordo que envolveu a disputa da Supercopa da Espanha deste ano na Arábia Saudita. O título do torneio ficou com o Real Madrid, que goleou o Barcelona por 4 a 1, em janeiro deste ano.

Pelo menos seis pessoas foram presas, de acordo com a polícia espanhola. Além dos escritórios, em Madri, uma residência, de posse de Rubiales, em Granada, cidade localizada no sul da Espanha, também foi alvo da investida da polícia. De acordo com os agentes, o dirigente não estava na residência no momento da operação.

O Ministério Público espanhol informou ainda que um total de 11 instalações foram invadidas em busca de documentos e que espera que a operação termine com sete detenções e a identificação de mais cinco pessoas.

Rubiales deixou o cargo em setembro depois de causar um escândalo internacional por beijar a jogadora Jenni Hermoso, da seleção da Espanha, sem o seu consentimento durante a cerimônia de premiação da Copa do Mundo Feminina, realizada em agosto.

O dirigente agora enfrenta um julgamento por supostamente ter agredido sexualmente Hermoso. Sobre o episódio, Rubiales nega qualquer tentativa de ato de violência contra a atleta.

Durante seu tempo no comando do futebol espanhol, Rubiales reformulou o formato da Supercopa da Espanha em 2020, criando um minitorneio de quatro equipes e transferindo a competição para a Arábia Saudita como parte de um acordo que supostamente valia 40 milhões de euros (pouco mais de R$ 218 milhões) para a federação espanhola.

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